Postado Por : TramaFC 2.8.13

Depois da primeira parte onde escalei um time inteiro, do goleiro até o centroavante, com apenas jogadores que eram considerados grandes promessas que acabaram se tornando em verdadeiros rojões molhados, chegou a hora de escalar o Time B que havia prometido na ultima postagem.

Antes de passar o plantel a limpo, vale ressaltar os critérios que me ajudaram para que esse exercício não fugisse do controle:

- Os jogadores revelados tinham que ter aparecido estritamente entre 1996 e 2011
- Ter passagens pelas seleções de base, ou seleção principal
- Ter disputado a Copa São Paulo de Futebol Junior

Antes de escalar o Time B, vamos relembrar o Time A:


Time A: Renan, Amaral, Gladstone, Aislan e Bruno Bertucci; Dudu Cearense, Mozart e Kerlon; Lulinha, Lenny e Tiago Luís.

Ah, no final do texto teremos uma pequena surpresa. Vamos ao Time B:

Time B: Saulo, Baiano, Edcarlos, Milton do Ó e Diogo; Ji-Paraná, Leandro Lima, Celsinho e Sergio Mota; Daniel Carvalho e Gil.

Saulo: "A vida é uma montanha russa", diria o antigo ditado. No entanto, quando se trata de futebol essa velha citação se encaixa perfeitamente na vida de um jogador de futebol que saiu de um time pequeno para um grande num piscar de olhos. Saulo começou a sua carreira nas categorias de base do Criciúma quando chamou à atenção do Santos. O jovem goleiro era tido como uma grande promessa, pois reunia todas as qualidades primordiais de um grande goleiro. O arqueiro chegou ao Santos em 2005, um ano extremamente turbulento na história do clube praiano. A priori, ele fora contratado para ser a terceira opção no elenco, que já contava com o experiente goleiro colombiano, Henao, e com o ex-jogador do Marília, Mauro. No entanto, os dois goleiros se machucaram antes mesmo da metade do Brasileirão daquele ano. Sem outra opção, Saulo foi para a cancha defender as cores do Santos. O jovem goleiro até que demonstrava talento, mas insistia em fantasiar demais suas defesas (algo que o Felipe, ex-Corinthians e atualmente no Flamengo, faz com maestria). A vida do goleiro caminhava bem até o fatídico 7x1 que o Corinthians impôs ao Santos no Pacaembu. Antes mesmo da goleada se caracterizar, Saulo havia tomado dois gols incríveis (um chute fraco de Marcelo Mattos e outro chute fraco do argentino Tevez). Depois do "Dia D", Saulo nunca mais foi o mesmo. O goleiro até foi convocado para participar de torneios com a seleção de base, mas nada forte o suficiente para apagar aquele vexame. O goleiro foi emprestado por dois anos pelo Santos ao extinto Adap Galo. Quando voltou, o clube da baixada conseguiu vendê-lo a Udinese, onde pouco atuou. Depois do clube de Udine, Saulo fora emprestado ao Albinoleffe antes de voltar ao Brasil para defender o Ituano. Nada como voltar ao Brasil, certo? Que nada. Em sua volta, no ano de 2010, Saulo se deparou com Neymar e seus Meninos da Vila. Tudo bem que Saulo não teve de enfrentar o Neymar, pois o mesmo estava em excursão nos EUA, mas isso não impediu o Santos de balançar as redes do goleiro por nove vezes. Em uma delas, Saulo frangou igualmente no gol de Tevez, em 2005, quando uma bola fraca passou por debaixo de suas pernas, só que dessa vez num chute desferido pelo Madson. Depois dessa empreitada, Saulo assinou com o Guaratinguetá, clube que defende desde a metade de 2010.

Baiano: Dermival Almeida Lima, o popular Baiano, foi revelado pelo Santos, em 1998. Depois de bom desempenho na Copinha, Baiano foi emprestado a Matonense e ao Vitória antes de retornar ao Santos em 2000. Ainda em 2000, Baiano também defendeu as cores da Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Sydney, Austrália. Num time cheio de medalhões do Santos, Baiano se destacava pela força física e pelo apoio ao ataque. O ano até que foi bom para o lateral, que após o término da temporada conseguiu uma transferência para o futebol espanhol para jogar pelo recém-promovido Las Palmas. No entanto, as coisas não funcionaram muito bem por lá, e logo o jogador retornou ao país para jogar por dois anos de empréstimo no Atlético Mineiro. Depois de um começo animador no Galo, o lateral caiu de produção no segundo ano de empréstimo, e teve de voltar ao Las Palmas. Após passar um ano sabático nas praias de Las Palmas, o lateral rescindiu contrato com o clube espanhol para assinar com o Palmeiras, que precisava de um lateral-direito para disputar a segunda divisão. Assim como no Galo, Baiano começou bem e depois degringolou no segundo ano de contrato. Em meio à uma dessas degringoladas, Baiano fora emprestado pelo Palmeiras ao Boca Juniors. O jogador retornou ao clube no segundo semestre de 2005, onde terminou o ano antes de fechar com o Rubin Kazan-RUS, em 2006. Depois de um ano na Rússia, Baiano voltou ao Brasil para defender o Náutico, onde se destacou. Graças ao bom desempenho, o lateral conseguiu voltar ao Santos para disputar o Brasileirão de 2007. À partir do ano seguinte a peregrinação do Baiano começou. De 2008 até 2011, o jogador passou por Vasco, Atlético Nacional-COL, Paulista, Guarani, Paulista (de novo) e Red Bull Brasil. Desde 2012, Baiano, agora com 35 anos, atua como meio-campista do Brasiliense.

Edcarlos: Talhado para ser o grande nome da defesa são-paulina para os próximos anos, Edcarlos passou de grande promessa para grande desastre num estalar de dedos. Com passagens pela Seleção Brasileira na base, o ex-zagueiro do Tricolor subiu para os profissionais em 2005, o grande ano são-paulino. O zagueiro, inclusive, foi titular contra o Liverpool, na final do Mundial Interclubes, em Yokohama. Credenciado com o título sobre o clube inglês, Edcarlos estava cada vez mais cotado no mercado do futebol. No entanto, mesmo sem atuar com tanta frequência com a qual se imaginava, Edcarlos foi negociado pelo São Paulo com o Benfica, em 2007. Lá em Portugal, o zagueiro permaneceu por apenas uma temporada, voltando para o Brasil para defender o Fluminense em 2008. Depois de duas temporadas com o clube das Laranjeiras, Edcarlos foi repassado para o Cruz Azul, do México, no segundo semestre de 2009. Após seis meses na terra do Chaves, o zagueiro foi emprestado de novo, só que dessa vez para o Cruzeiro. Após passar o ano de 2010 inteiro na Toca da Raposa, Edcarlos assinou com o Grêmio para disputar o Brasileirão de 2011. Sem brilho e sem moral no mercado, Edcarlos teve que se contentar em defender o Sport, em 2012, antes de se mudar para o Seongnam, da Coréia do Sul, no começo deste ano.

Milton do Ó: Eis o caso de um jogador que você conhece mais pelo nome do que pela habilidade. Aqueles que colecionaram figurinhas do álbum do Campeonato Brasileiro, no final da década de 1990, com certeza lembram-se do ilustre Milton do Ó. Revelado pelo Paraná, em 1999, o zagueiro chamava a atenção pela rapidez nos desarmes e pelos gols que marcava em jogadas de bola parada. Enquanto jogador paranista, Milton do Ó fora convocado para disputar o Sulamericano e o Mundial Sub-20 no ano de 1999. Curiosamente, Milton do Ó revezava na posição de titular da Seleção com um grande zagueiro do futebol brasileiro, o Juan (ex-Flamengo e Roma). Ao ganhar notoriedade, Milton se transferiu para o rival do Paraná, o Atlético Paranaense, em 2000. No entanto, o jogador não conseguiu se destacar como tinha feito no time rival e logo foi trocado com o Goiás no ano seguinte. No time do centro-oeste, Milton do Ó conseguiu retomar a condição de titular e protagonizar boas partidas. Após dois anos no Goiás, o zagueiro transferiu-se para o Samsunspor, onde ficou por mais dois anos. Em 2004, ele voltou ao Brasil para defender as cores rubro-negras do Vitória por um ano. Já em 2005, o zagueiro conseguiu reaparecer no cenário futebolístico graças às boas atuações pela Inter de Limeira no Paulistão de 2005. Após o término do Campeonato Paulista, Milton do Ó foi para o Fluminense e por lá ficou até o segundo semestre de 2006, quando trocou o clube carioca pelo Marítimo-POR. Na temporada seguinte, Milton do Ó trocou o Marítimo pelo Trofense, e após três anos jogando na equipe lusitana, o jogador se aposentou do futebol com apenas 31 anos.

Diogo: Criado em Cotia, no CT do São Paulo, Diogo tinha um status que poucos jogadores da base têm. Torcedores e dirigentes do Tricolor contavam as horas para o garoto estourar entre os profissionais e assim garantir o futuro do flanco esquerdo são-paulino. No entanto, desde 2008, quando foi lançado entre os profissionais, Diogo nunca teve uma oportunidade digna. O lateral da base lutou contra Junior, Junior César, Alex Cazumba (outro garoto da base que nunca teve chances reais), Ilsinho, Thiago Carleto, Juan e Cortez. Incrível como um garoto que foi tão paparicado na base, com direito a convocações para defender a Seleção no Sulamericano e Mundial Sub-20 de 2009, foi tão esquecido. Diogo foi emprestado pelo São Paulo para o Toledo, Goiás e Anderlecht-BEL antes de rescindir o contrato para assinar com o Braga-POR. Hoje, com 23 anos, o brasileiro é o lateral-esquerdo do Feirense-POR.

Ji-Paraná: Todos se lembram do Sulamericano e do Mundial Sub-20 de 2007, não? Bom, para quem não lembra, um pequeno exercício: Naquele ano, a CBF estava impondo uma reformulação geral nas seleções de base devido ao fracasso da seleção principal na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Recheada de medalhões, a Seleção naufragou em solo germânico. Como de praxe, a nação se espantou e começou a questionar a qualidade dos nossos jogadores. Sabendo do descontentamento da população, a CBF ordenou que as categorias de base revelassem novos craques (simples assim). O primeiro resultado até que veio rápido, com a conquista do Sulamericano Sub-20. De repente, nós tínhamos uma super geração de novos craques. E uma delas era o Ji-Paraná, volante canhoto da Seleção. Revelado pelo Corinthians, Junior Felício Marques, o popular Ji-Paraná (nome de sua cidade natal, que fica em Rondônia), entrou em litígio com o clube do Parque São Jorge por falta de aproveitamento. Em 2006, o garoto trocou o Corinthians pelo Internacional. Ou seja, o volante disputou as duas competições como jogador do Internacional. No entanto, Ji-Paraná não era titular da equipe no Sulamericano. O dono da vaga era Roberto, ex-Atlético Paranaense, que perdeu a vaga pra o volante colorado durante a preparação pro Mundial, no Canadá. Apesar de ser volante, Ji-Paraná saía bem para o jogo. Porém, o desempenho brasileiro no Mundial não foi muito bom, pois a Seleção foi eliminada nas oitavas-de-final pelo protótipo da seleção espanhola que seria campeã da Copa do Mundo de 2010. Pelo Inter, Ji-Paraná nunca conseguiu jogar metade daquilo que se esperava dele, e logo começaram os empréstimos (Brasiliense-09 e Grêmio Barueri-10). Após fracos desempenhos, e uma concorrência desleal no elenco colorado, Ji-Paraná foi negociado com o Gyori-HUN, clube pelo qual defendeu por duas temporadas antes de assinar com o seu atual, o Al Ittihad, dos Emirados Árabes, em 2012.

Leandro Lima: Esse é incrível! Pegando o gancho do Ji-Paraná, e todo o contexto já explicado, Leandro Lima, ou Leandrinho, apareceu para o futebol em 2007 com seleção Sub-20. Revelado pelo São Caetano, o cearense era uma espécie de talismã da equipe canarinho, pois sempre que entrava no lugar do Renato Augusto ele aprontava um salseiro na defesa adversária. Ninguém conhecia o garoto antes do Sulamericano. Parecia que o meio-campista tinha brotado do nada! Graças ao seu bom desempenho no torneio continental, o jogador foi negociado com o Porto, o que gerou uma intensa discussão de "como é que ninguém tinha visto esse cara jogar aqui antes?". Bom, o menino foi jogar no Porto, mas adivinha o que aconteceu? Descobriram que Leandro Lima - na época era apenas Leandrinho - tinha falsificado os seus documentos. Isso mesmo, ele era um "gato". Se não bastasse ter mentido a sua idade em dois anos (Leandro nasceu em 1985 e não em 1987), o jogador também mentiu o nome! No documento apresentado por Leandro, constava que o seu nome era Luis Leandro Abreu de Lima, sendo que na verdade era George Leandro Abreu de Lima. Devido a palhaçada, Leandro Lima foi emprestado pelo Porto ao Vitória de Setúbal para jogar na segunda divisão de Portugal. Com o filme queimado no Porto, Leandro Lima foi emprestado pelo clube português ao Cruzeiro por duas temporadas. Em Minas, o meia não conseguiu reproduzir aquele futebol insinuante de 2007 e foi cedido ao União de Leiria-POR. Em 2011, Leandro retornou ao Brasil para tentar salvar o Avaí do rebaixamento no Brasileirão. Não conseguiu. Desde 2012, Leandro Lima, que hoje tem 27 anos, defende a equipe sul-coreana do Daegu FC. Será que alguém ainda se lembra dele?

Celsinho: Jogador moreno, dentuço, cabelos longos e cacheados com direito a faixa na cabeça para prendê-los. Além disso, o personagem atua como meia-atacante e gosta de fazer pose na hora de bater a falta. Quem é ele? Não, não é Ronaldinho Gaúcho! Se bem que os torcedores da Portuguesa gostariam muito que fosse. O espécime em questão é o Celsinho, meia que chamou à atenção durante a Copa São Paulo de 2005 quando tinha apenas 17 anos. É bem verdade que os holofotes sobre o jogador só foram grandes devido ao cosplay que ele fazia do craque. O marketing pessoal do jogador foi tanto, que não só os torcedores da Portuguesa, mas o brasileiros também acreditaram que ele tinha um enorme potencial. O resultado disso foi a convocação para o Sulamericano e Mundial Sub-17 do mesmo ano. Celsinho, de quebra, foi titular durante toda a campanha do vice-campeonato no Mundial em que o Brasil perdeu para o México por 3x0. Um fato curioso que rodeia essa história do Celsinho, é que durante esse tempo ele ainda jogava pela Portuguesa e o clube estava na na segunda divisão do Brasileirão. Outra coisa, enquanto a Lusa contou com Celsinho (saiu em 2006) o clube não subiu para a primeira divisão. Durante a metade da Série B de 2006, o meia foi negociado com o Lokomotiv-RUS, e lá permaneceu por uma temporada e meia. Na metade de 2007, o nome de Celsinho foi ventilado em trocentos clubes brasileiros, mas o meia preferiu trocar o Lokomotiv pelo Sporting-POR. Mais uma vez envolvido com portugueses, só que dessa vez com um pouquinho mais de sucesso, Celsinho ajudou o Sporting à conquistar a Taça de Portugal. Porém, o título não foi capaz de apagar as fracas atuações do jogador no time lisboeta. Portanto, os dirigentes do Sporting resolveram repassar o brasileiro por empréstimo ao Estrela Amadora. Sem sucesso na terrinha, Celsinho foi emprestado pelo Sporting a Portuguesa, em 2010. Com status de "ídolo", Celsinho teve duas temporadas para subir com o time, porém, não foi capaz de jogar bem e levar a Lusa de volta à Série A. Com isso, o meia retornou ao Sporting para encarar o seu terceiro empréstimo. Só que dessa vez o jogador foi parar no "disputadíssimo" Campeonato Romeno, onde defendeu o Targu Mores. Atualmente, com 24 anos, Celsinho já acumulou SETE clubes em sua carreira. O sétimo clube é o Londrina, clube onde o jogador tenta recuperar o marketing que perdeu no começo da carreira.

Sergio Mota: Vocês já perderam a conta de quantos jogadores foram comparados à outros jogadores consagrados, não é? Pois bem, esse daqui é outro caso de comparação desnecessária, além de uma avaliação muito prematura de um jogador que nunca provou tal investimento. Sergio Mota, mais um jogador oriundo do famoso CT de Cotia, era constantemente chamado de "o novo Kaká". Junto com o Oscar, que anos depois entrou na Justiça contra o Tricolor, eram constantemente escondidos pelos dirigentes do clube para que não sofressem assédio dos clubes europeus. Certa vez, os diretores da base são-paulina esconderam o Oscar num quarto de hotel durante um torneio que o São Paulo disputou na Europa. Uma lenda se criava quando o nome de Sergio Mota era entoado. Do jeito que falavam do garoto, todos esperavam que o São Paulo fosse parir um novo Pelé. Sergio Mota subiu para os profissionais em 2007, ano do Bicampeonato Brasileiro do São Paulo. Como todos sabem, o treinador são-paulino, na época, era o irredutível Muricy Ramalho. Com o treinador, Mota nunca teve chances e logo retornou para os Juniores. Em 2009, o São Paulo resolveu emprestar a joia para o Toledo-PR, um clube irmão do Tricolor. Pouco se sabe desse período na carreira do jogador, que retornou ao São Paulo na metade do ano. Após mais dois anos sem ser aproveitado, o jogador, que só disputava amistosos e algumas frações de minutos de partidas oficiais, foi emprestado para o Ceará. Dessa vez, Sergio Mota recebeu uma chance para provar o seu valor já que o Ceará disputava a primeira divisão do Brasileirão. O resultado dessa experiência foi catastrófica, pois o jogador sequer era titular. Cansado de esquentar o banco do Vovô, Sergio Mota pediu para voltar ao São Paulo, que negou o seu pedido. E o que aconteceu? Sergio Mota foi emprestado ao Icasa. Boatos correm por São José dos Campos, cidade natal do jogador, de que a diretoria são-paulina estava extremamente desgostosa com os familiares de Sergio Mota, e que a sua falta de oportunidades no Tricolor, além dos seus constantes empréstimos, eram creditados a desavença. Pois bem, o verdadeiro declínio de Sergio Mota começou em 2012, quando o jogador foi repassado ao Santo André que disputava a Série A2 do Paulistão. Após campanha pífia do Ramalhão, que sequer classificou para a fase decisiva da segundona, o jogador foi devolvido para o São Paulo. No entanto, Sergio Mota logo foi realocado para jogar no Sub-23 do clube. Em 2013, após ter o seu contrato terminado com o São Paulo, Sergio Mota passou por três clubes diferentes: Santo André, Penapolense e América Mineiro, time que defende atualmente. Ah, ele é reserva no Coelhão.

Daniel Carvalho: De grande promessa só ficou o grande. Daniel Carvalho, jogador revelado no Beira-Rio, era uma joia colorada que nós víamos constantemente nas seleções de base. Inclusive, no venerável ano de 2003, Daniel Carvalho fez parte da seleção brasileira que disputou o Sulamericano e Mundial Sub-20, onde ajudou a Seleção a conquistar o troféu derrotando a Espanha por 1x0 (gol do Fernandinho, ex-Atlético Paranaense). Desde 2003, quando tinha apenas 20 anos, Daniel Carvalho chamava a responsabilidade no time titular do Internacional. Com o bom desempenho na Seleção e no clube gaúcho, o CSKA resolveu pagar a multa milionária do jogador e levá-lo à Rússia. Na época, a grana despejada pelos russos foi essencial para que o Internacional enriquecesse. De 2004 à 2008, Daniel Carvalho não ganhou apenas títulos (2 Ligas Russas e 1 Europa League), mas também muito peso. Até 2006, o meio-atacante era inquestionável no clube russo. No entanto, depois de engordar muito o jogador se tornou uma opção a mais no banco de reservas. É comum os jogadores que saem de países sulamericanos, africanos ou até asiáticos, realizarem o tal "programa de fortalecimento da massa" em clubes europeus. Na Rússia, o controle de anabolizantes para a liga local não existe, tal qual acontecia na Holanda enquanto o Ronaldo jogava pelo PSV. A mudança do físico de Daniel Carvalho de quando ele começou no Internacional para o físico atual é absurda. Em 2008, após cair no esquecimento do CSKA, Daniel Carvalho fora emprestado à sua antiga casa. A revelação do Inter, que voltou ao futebol gaúcho apenas como um jogador de rotação, acabou ajudando o clube à conquistar a Sulamericana de 2008. Porém, era nítido que Daniel Carvalho não tinha o mesmo desempenho de outrora. O jogador estava pesado demais! Após essa breve passagem pelo clube que o revelou, o meia-atacante retornou ao CSKA antes de acabar o seu contrato. Em 2010, o Atlético Mineiro resolveu apostar no jogador, que estava no Mundo Árabe, e acabou lhe pagando uma fortuna de salário por dois anos de contrato. O resultado? O Galo quase foi rebaixado em 2010 e 2011 (em 2010 o time se safou por três pontos, e em 2011 por quatro pontos), com Daniel Carvalho atuando menos da metade dos jogos. Em 2012, uma negociação aconteceu entre Galo e Palmeiras, onde Daniel Carvalho foi trocado pelo Pierre (que belo negócio, hein, Palmeiras?). O jogador chegou à São Paulo muito mais pesado do que parecia estar antes. Foi em 2012 que Daniel criou polêmica, onde declarou que era viciado em refrigerante e no bom e velho churrasco. Obviamente que a diretoria do Palmeiras não gostou do desempenho do jogador, sendo que Daniel Carvalho vivia no estaleiro. O resultado dessa bagunça foi o rebaixamento do alviverde para segunda divisão. Carvalho, que fora perseguido pela torcida do Palmeiras, teve o seu contrato rescindido antes de acabar o campeonato. Hoje, o jogador faz parte do plantel do Criciúma, e que, com apenas 30 anos de idade, Daniel Carvalho mais parece um jogador de Showbol do que profissional.

Gil: "O Gil é melhor do que o Kaká", era assim que Antônio Roque Citadini, ex-dirigente do Corinthians, resumia o atacante revelado na base do Timão. Após um começo avassalador, Gil, segundo Carlos Alberto Parreira, formou o melhor lado esquerdo do mundo junto com Kleber e Ricardinho, conquistando seis títulos oficiais com o Corinthians antes de ser negociado com o Verdy Tokyo, em 2005. Após uma temporada com o Verdy Tokyo, onde atuou por 16 jogos com apenas dois gols marcados, Gil deixou a terra do sol nascente para retornar ao futebol brasileiro. Foi então que o atacante entrou para a história da internet com o melhor "bordão" (se é que pode se dizer) já dito. Após o título do Campeonato Mineiro de 2006, em meio a uma algazarra que se tornou a comemoração da conquista Celeste, Gil foi indagado por um repórter de uma rádio católica de Minas Gerais que questionou se valia tudo na comemoração do título. Sem pensar duas vezes, o serelepe atacante emendou o hilariante "só não vale dar o c...", que deixou o repórter extremamente revoltado. A naturalidade com a qual Gil proferiu aquela frase não se refletiu no seu desempenho dentro dos gramados. Pelo Cruzeiro, o atacante fez 14 partidas e marcou apenas três gols. Insuficiente para o time mineiro, Gil foi negociado com o Gimnàstic-ESP, na segunda metade de 2006. Após jogar apenas 19 vezes em toda temporada, e sem marcar gols, Gil voltou outra vez ao Brasil. No entanto, dessa vez o atacante fora contratado pelo Internacional, onde também não conseguiu jogar bem. Em 2008, o atacante foi negociado por empréstimo com o Botafogo, lugar que acabou fazendo 17 jogos e um mísero gol. Mesmo tendo jogado muito mal pelo Internacional e pelo Botafogo (no Inter ele fez 30 partidas e apenas cinco gols), o atacante beliscou uma transferência para o Flamengo. No clube carioca, Gil fez parte do elenco campeão brasileiro de 2009 sob a batuta do Adriano Imperador. No entanto, o jogador deixou a Gávea em 2010 sem marcar um gol sequer. Após seis meses inativo, Gil voltou aos gramados em agosto de 2011 para defender o União Mogi, que disputava a quarta divisão do Paulistão, e desde então está sem clube. Entretanto, Gil garante que não está aposentado e diz que espera uma ligação de um clube paulista que lhe ofereça chances de ser competitivo de novo. Aos interessados, Gil tem apenas 32 anos.


Existe um rojão molhado entre os técnicos de futebol?

É claro que existe! E o seu nome é PC Gusmão. Tachado de "discípulo de Vanderlei Luxemburgo", por ter feito estágio com o "pofexô", Paulo César Gusmão era preparador de goleiros do Vasco da Gama antes de ter sido encorajado por Oswaldo de Oliveira a ser tornar treinador de futebol. O treinador teve o seu momento de brilho quando substituiu o mestre Vanderlei Luxemburgo, que havia conquistado a tríplice coroa com o Cruzeiro e que saiu após receber uma proposta rechonchuda do Santos, em 2004. Gusmão conquistou o Campeonato Mineiro com os pés nas costas, mas devido à falta de experiência o treinador não soube dar continuidade ao trabalho e logo foi demitido da Toca da Raposa. Gusmão rodou por Cabofriense, Botafogo e Fluminense até voltar ao Cruzeiro para ser bicampeão Mineiro. Porém, após péssimo começo no Brasileirão de 2006, Gusmão foi demitido. Em má fase, PC dirigiu o São Caetano, Itumbiara, Fluminense, Figueirense e Itumbiara, novamente, onde surpreendentemente foi campeão goiano desbancando o Goiás e o Atlético-GO. Depois dessa conquista, Paulo César só voltou à conquistar um título importante com o Atlético-GO, em 2011. O treinador, que atualmente está sem clube, ficou marcado por iniciar ótimos trabalhos, porém, que acabam naufragando devido à falta de pulso. Gusmão sempre foi adepto do futebol ofensivo, e além do Cruzeiro de 2004, o treinador também se destacou com o Ceará, em 2009, e com o Vasco, em 2010. Por não saber dar continuidade aos bons serviços, PC Gusmão sempre fica no clássico "será que dessa vez vinga?".

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