Postado Por : TramaFC 19.8.15

Roberto Firmino, Douglas Costa, Alex Teixeira, Hulk... O que esses jogadores têm em comum? Pois é, todos eles jogam na Europa e foram bastante criticados pelos torcedores brasileiros devido ao desconhecimento total de suas origens e motivos que os levaram a convocação. Alguns deles tiveram passagens pela seleção brasileira, outros ainda permanecem, porém, todos eles fazem sucesso em seus clubes no exterior. Com a globalização do futebol cada vez mais forte, vários jogadores brasileiros saem do futebol nacional rumo à Europa desde muito cedo. Esse êxodo, que já foi muito mais intenso do que é agora, continuar muito grande.

A diferença é que antigamente, ao mesmo tempo em que era mais difícil de se chegar à Seleção Brasileira (algo que não é bem assim hoje), também era muito fácil se despregar dos clubes brasileiros para assinar com qualquer clube europeu. O poder econômico e o péssimo trabalho de scouting dos clubes grandes brasileiros influenciam nessa questão também.

Baseando-se nos exemplos citados acima, a publicação da vez sugere alguns nomes que, assim como os que estamos acostumados hoje, saíram cedo do futebol brasileiro para trilhar o seu destino em terras europeias. Alguns deles tiveram passagens pelas categorias da seleção de base antes de sair, outros nunca foram convocados, além de alguns que foram convocados, mas que também foram categoricamente descartados por não ter uma "identidade forte com o torcedor". 


Wamberto


























Wamberto de Jesus Souza Campos, natural de Cururupu-MA, e revelado pelo Sampaio Correia, em 1991, nem chegou a atuar pela equipe principal antes de ser vendido para o RFC Seresien, da Bélgica, logo após a sua participação no Mundial Sub-17 com a seleção brasileira, também em 1991. Naquela equipe brasileira, que fora eliminada por Gana por 2x1, nas quartas-de-final, tinha Fábio Noronha (ex-Flamengo), Argel (ex-Inter, Santos, Palmeiras e atualmente treinador do Figueirense), Nenê (ex-Corinthians), Yan (ex-Vasco, Flamengo e Fluminense) e Adriano (ex-São Paulo). Sendo bastante gente boa, digamos que apenas o Argel vingou nessa seleção de base de 1991. Entretanto, Wamberto construiu uma carreira sólida e bastante respeitada nos Países Baixos, onde foi ídolo do RFC, do Standard Liegè e, o maior clube de todos naquela região, no Ajax, da Holanda. Foi no gigante holandês que Wamberto realmente se destacou, onde atuou por cinco temporadas e meia, sendo 150 partidas e 31 gols anotados com a camisa do Ajax. Sua melhor temporada foi a de 2001/02, quando jogou 39 partidas e fez 14 gols, e tendo como parceiro de ataque, em grande parte do tempo, o lendário Zlatan Ibrahimovich, que começava a chamar a atenção naquela época. Depois de quase seis anos atuando com frequência no Ajax, e prestes a completar 30 anos, Wamberto fora negociado com o Mons, time que lutava contra o rebaixamento na Liga Belga. Ao término do campeonato, onde ajudou a salvar o Mons, o Standard Liegè resolveu recontratar o grande ídolo, que ficou no grande clube belga por duas temporadas (2004/05 e 2005/06) até retornar ao Mons, onde ficara por mais uma temporada completa. Na temporada de 2007/08, Wamberto retornou à Holanda para defender o Almere City, da segunda divisão holandesa. Em 2010, o brasileiro encerrou sua carreira futebolística jogando novamente na Bélgica, pelo Wilrijk, aos 35 anos. Wamberto, que poucos brasileiros conhecem, foi uma verdadeira lenda nos Países Baixos, e que, se não bastasse a fama, também serviu de exemplo para os clubes daquela região fossem atrás de mais jogadores brasileiros, de preferência jovens e com potencial de revenda. Wamberto tem um filho, Danilo Campos, que começara no Ajax, mas que logo fora vendido para o Standard Liegè, onde ficara por duas temporadas. Após a estádia no clube onde o seu pai é quase um deus, Danilo trocara de país e fora defender as cores ucranianas do Metalurgh Donetsk, onde ficou por 3 temporadas. Atualmente, o filho de Wamberto defende as cores do Mordovia, da primeira divisão russa.


Derlei






















Vanderlei Fernandes Silva, popularmente conhecido como Derlei, atuou por diversos clubes tradicionais no mundo do futebol, porém, no Brasil, ele é basicamente um desconhecido. Natural de São Bernardo do Campo-SP, o atacante ficou famoso por suas passagens pelo União Leiria, Porto, Sporting e brevemente pelo Benfica, terra onde é rei. Revelado pelo América-RN, e com passagens por Guarani e Madureira, o brasileiro era um matador nato, apesar de não ser muito alto para as suas qualidades de goleador (1,75m). Sua maior média de gols foi pelo União Leiria, onde atuou por 3 temporadas, com 92 partidas e 42 gols. Após sucesso solidificado e estrondoso no clube de Leiria, o Porto o contratou após exigência de, nada mais nada menos, José Mourinho. O treinador português, que era o manager do União Leiria, onde ambos eram deuses, foram juntos para o Porto. Pelo Dragão, o atacante brasileiro jogou 92 partidas e marcou 39 gols. Segundo o próprio Mourinho, Derlei foi o jogador mais marcante em sua história como treinador por, justamente, tê-lo ajudado no Leiria e também no Porto, onde ficou conhecido mundialmente. Depois do Porto, Derlei foi negociado com o tradicional Dynamo Moscou, onde passou duas temporadas lutando contra o frio e lesões. Mesmo com esses contratempos, Derlei marcou 20 gols em 41 jogos oficiais disputados pelo clube russo. Não adaptado ao frio da Rússia, o brasileiro fora emprestado ao Benfica, onde passou uma temporada aquém de suas qualidades. Sem sucesso no clube lisboeta, o "Ninja", como ficou conhecido em Portugal, acertou a sua transferência para o rival Sporting, após rescisão contratual com o Dynamo Moscou. Pelo Leão, clube que defendera por duas temporadas, Derlei jogou 43 partidas e marcou 13 gols, média baixa levando em consideração o seu auge. Prevendo suas limitações, Derlei resolveu voltar ao Brasil, em 2009, para defender o Vitória, onde ele atuou apenas em apenas uma partida, contra o Palmeiras, quando fizera o gol da vitória por 3x2. Após sua estréia, Derlei se envolveu num acidente automobilístico que o deixou fora dos gramados por um longo tempo. O jogador e o clube baiano acertaram uma rescisão amigável após sua recuperação, que acontecera no final do campeonato daquele ano. Em 2010, o "Ninja" defendera as cores do Tricolor Suburbano mais uma vez no Campeonato Carioca. Foi com o Madureira a última vez que Derlei, o jogador favorito de José Mourinho, jogou futebol profissionalmente antes de se aposentar.


Jardel


























Você lembra o burburinho que foi o Iraty, clube de empresários no Paraná, que ficou famoso no começo dessa década? Vanderlei Luxemburgo foi um dos principais defensores dos jogadores oriundos dessa equipe, que abasteceu vários times grandes naquela época. Um desses jogadores é Jardel Nivaldo Vieira, ou simplesmente Jardel. Revelado pelo Avaí, em 2003, logo o jogador fora negociado com o Vitória, onde atuou em 2005. Empresariado pelo dono do Iraty, o jogador trocara o rubro negro baiano pelo Santos em 2006, onde foi Campeão Paulista com o Vanderlei Luxemburgo como treinador. O zagueiro pouco atuou pelo clube alvinegro, já que logo no começo de sua estadia no clube paulista ele sofrera de uma contusão no púbis. No mesmo ano, Jardel fora para o Iraty, clube que o abrigou até acertar o seu retorno ao Avaí, em 2007. No começo de 2008, o zagueiro mudou novamente de clube para defender o Joinville, no Campeonato Catarinense. No mesmo ano, Jardel fora adquirido pelo Desportivo Brasil, outro clube de empresários, só que de São Paulo. Em 2009, a vida de Jardel começou a mudar drasticamente. O jogador atuou pelo Ituano, no Paulistão daquele ano, antes de se transferir para o Estoril, de Portugal. E foi na terra dos empresários de futebol que a carreira do Jardel recomeçou. Emprestado pelo Desportivo Brasil, Jardel defendeu as cores do Estoril em 34 partidas, onde marcou dois gols. O zagueiro chamou a atenção de Ulisses Santos, empresário português com excelente trânsito no Olhanense (equipe que Jardel defendera em 2010) e no Benfica, clube que atualmente defende. Jardel é o 14º brasileiro com mais partidas pelos Encarnados, sendo 125 partidas e seis gols até o momento. Desde a temporada passada, após alguns anos alternando entre o time A e o time B, ao lado de Luisão, lenda viva do Benfica, Jardel é titular do clube lisboeta. Famoso por levar o mesmo nome de um ídolo eterno do rival Sporting, o zagueiro "genérico" é muito querido por todos no Benfica, sendo frequentemente escolhido como um dos melhores do mês.


Jussiê




















Revelado pelo Cruzeiro em 2001, Jussiê, o talismã da Raposa, fez o caminho que muitos jogadores brasileiros, hoje, fazem quando estouram logo nos primeiros anos de sua carreira: vão para um mercado intermediário. Atualmente, esse mercado é monopolizado pelos clubes ucranianos, em especial o Shakhtar Donetsk, porém, até 2003, mais ou menos, os jogadores geralmente iam para Portugal ou França. E esse foi o caso de Jussiê, que apareceu muito bem pelo Cruzeiro entre 2001 e 2004, quando fora negociado com o Lens, da França. Antes de sair, Jussiê fora emprestado ao Kashiwa Reysol, no meio de 2003, antes de voltar e ser negociado com o clube francês. A velocidade e o drible são as maiores qualidades desse jogador, que fez tanto sucesso em seus primeiros anos com o Lens na França que fora negociado com o Bordeaux para a temporada de 2006/07. Pelos Girondinos, Jussiê já alcançou a incrível marca de 221 jogos, sendo que, provavelmente, ele deve quebrá-la nessa temporada, já que o jogador ainda atua pelo Bordeaux. Nesse período, Jussiê, por enquanto, já anotou 43 gols pelo clube francês. Alternando entre titular e reserva, o capixaba chegou a ser empresado ao Al Wasl, dos Emirados Árabes, em 2013. Há 10 anos no Bordeaux, o brasileiro já conquistou um Campeonato Francês, duas taças da Liga e dois Troféus dos Campeões. Pelo Lens, Jussiê também conquistou a extinta Copa Intertoto, em 2005. Pela longevidade e lealdade à um dos clubes mais tradicionais na França, o brasileiro é tido como referência na hora de se contratar um estrangeiro, além, óbvio, de ser um dos jogadores mais queridos do elenco.


Aílton
















Aílton Gonçalves da Silva, natural de Mogeiro-PB, e com passagens por clubes como Mogi Mirim, Ypiranga-RS, Internacional, Santa Cruz e Guarani. Com essas informações, o que isso significa para você? Praticamente nada, né? Bom, se você é fã da Bundesliga, e especialmente fã do Werder Bremen, isso significa praticamente tudo. Aílton, campeão alemão em 2003/04, e duas vezes artilheiro da Bundesliga (2002/2003 e 2003/04), participou de 187 partidas e marcou 92 gols. Apesar de ser apenas o 40º jogador com mais partidas pelo clube, os torcedores do Werder Bremen tratam o Aílton como um deus do futebol, já que o último título da equipe veio muito em conta de suas partidas e gols decisivos. Apesar de ter 1,77m e um corpanzil de segurança de boate, Aílton era um jogador com mobilidade e um canhão de perna esquerda que causava terror entre os goleiros da Bundesliga no começo desse século. Após seis anos de idolatria e uma Bundesliga mais desejada do que o Natal pelos torcedores do Werder Bremen, o atacante brasileiro trocou o clube do interior pelo tradicionalíssimo Schalke 04, em 2004/05, logo após o título alemão. Em Gelsenkirchen, Aílton jogou 37 partidas e fez 15 gols, uma boa média para um campeonato de muitos gols. Entretanto, sua estadia não durou muito tempo e o artilheiro trocou o time alemão, que passava por um mau momento financeiro, pelo Besiktas-TUR. No entanto, o brasileiro ficou por pouco tempo na Turquia, onde atuou em 7 jogos com 4 gols marcados. O motivo? Uma proposta tentadora do Hamburgo para retornar à Alemanha e salvar o único time que jamais fora rebaixado na Bundesliga da eminência do rebaixamento. Feito isso, a carreira de Aílton começou a degringolar, especialmente pelo seu físico de jogador aposentado. Mesmo assim, o atacante brasileiro passou por clubes tradicionais como o Estrela Vermelha-SER e o Duisburg-ALE antes de se aventurar por clubes de menor expressão como Grasshoppers-SUI, Metalurgh Donetsk-UCR e Altach-AUS. Em 2009, após 12 anos longe do Brasil, Aílton voltou para sua terra natal para defender as cores do Campinense, onde ficou por pouco tempo até se transferir para o Chongqing Lifan, da China. Todavia, o chamado alemão novamente fora importante na vida do brasileiro, que defendera o Uerdingen, da quarta divisão, e o Oberneuland, da quinta divisão, entre 2009 e 2011. Depois dessa pequena aventura, Aílton voltou ao Brasil para defender o Rio Branco no Paulistão da Série A2 (2011) e Série A3 (2012). Porém, o fato mais importante que aconteceu na carreira do brasileiro após o título alemão com o Werder, e que mostra o quanto ele é adorado na Alemanha, fora sua participação num reality show alemão que visava recuperar celebridades falidas. Graças à esse programa, Aílton voltou a ser reconhecido na Alemanha e no Brasil, além, claro, de ter se envolvido em várias polêmicas sexuais durante sua participação. Logo após o término de sua participação no reality, o paraibano assinou contrato para jogar pelo Hassia Bingen, da sexta divisão alemã. Sua popularidade era tremenda, e ele fora responsável pelas melhores médias de público nas divisões inferiores, o que gerou muita grana para o clube.



Matuzalém




















Francelino Matuzalém da Silva, natural de Natal-RN, e revelado pelo Vitória, em 1997, o meia-esquerda atuou por pouco mais de 2 anos pelo clube baiano até ser negociado com Bellinzona-SUI, em 1999. Entretanto, existe algo mais curioso sobre o jogador que o próprio nome: a sua capacidade de se dar bem em todas as equipes pela qual passou na Europa. Matuzalém é o meia moderno, que sabe marcar e tem uma visão de jogo privilegiada, algo que lhe favoreceu no Velho Continente. O potiguar passou por Napoli, Parma, Shakhtar, Lazio e Genoa, além de passagens curtas por Zaragoza e Brescia. Atualmente, o brasileiro está no Bologna, clube tradicional do país que o acolheu da melhor maneira possível. Foi na Itália, especificamente na Lazio, que o brasuca demonstrou o seu valor. Em cinco temporadas com o clube romano, Matuzalém cansou de dar assistências para os atacantes da Lazio. Antes de passar dos trinta (agora com 35), a presença do brasileiro entre os titulares do clube biancoceleste era constante, já que além de ter uma visão apurada, Matuzalém ajudava bastante na recomposição do sistema defensivo, onde ajudava bastante na marcação. Inclusive, característica essa que ele aprendera com Mircea Lucescu, que fora seu treinador no Shakhtar, clube onde ele fora muito bem também. Na Ucrânia, Matuzalém jogou 118 partidas e fez 35 gols, números que chamaram a atenção da Lazio. Pelo clube italiano foram 90 partidas e apenas 4 gols, porém, como dito antes, com várias assistências. O meia brasileiro despediu-se do clube romano com 33 anos, quando fora emprestado, e depois negociado em definitivo, para o Genoa, onde atuou 36 vezes em uma temporada e meia, tendo marcado apenas um gol. Na temporada passada, Matuzalém fora negociado com o Bologna, onde atuara em quase todos os jogos do clube italiano, sendo 40 participações ao longo dos seus 34 anos. Famoso por apresentar um futebol moderno, além de uma lucidez imprescindível, o meia-esquerda fora muito respeitado por vários treinadores europeus.


Mert Nobre



























Márcio Ferreira Nobre, natural de Jateí-MS, fora revelado pelo Paraná Clube, em 1999, e por lá ficou até 2002, quando fora negociado com o Kashiwa Reysol, em 2003, clube que defendera por meia temporada até ser emprestado ao Cruzeiro, campeão da Tríplice Coroa, em 2003. Em 18 jogos pela Raposa, Nobre marcou 6 gols e, graças ao boost que ele deu ao clube mineiro na reta final do Brasileirão de 2003, sua contratação fora concretizada pelo Fenerbahce, juntamente com Alex. Foi na Turquia que o talismã, assim como fora a história de Jussiê, que você leu anteriormente, se tornara num jogador importante fora do Brasil. Márcio Nobre era um jogador de muita velocidade e de finalização rápida. Pelo Fenerbahce, o brasileiro chamara a atenção por ser o famoso 12º jogador, igual fora pelo Cruzeiro. No clube do lado oriental de Istambul, Márcio Nobre atuou em apenas 20 partidas com 6 gols anotados. Após três temporadas defendendo o Fenerbahce, Márcio Nobre trocara de clube e também de nome. O brasileiro optara pela nacionalização turca em seu último ano com o Fenerbahce para abrir um espaço no plantel do clube turco para novas contratações estrangeiras. No entanto, na temporada seguinte, em 2006/07, o MERT NOBRE chegara ao Besiktas, clube onde fora ídolo e referência de vários atletas turcos e brasileiros (Bobô, ex-Corinthians, por exemplo). No clube alvinegro de Istambul, o jogador desempenhou várias funções além daquelas que ele estava acostumado no ataque, chegando até a ser segundo volante nos esquemas táticos. Sua vitalidade e entrega foram responsáveis pela adoração dos turcos, que cultuam a virilidade dos jogadores que envergam suas camisas. Pelo Besiktas, Nobre atuou em 136 partidas e anotou 32 gols. Após cinco temporadas com o Besiktas, o turco-brasileiro transferiu-se para o recém-promovido Mersin Idman Yurdu, clube litorâneo e de torcida muito nacionalista, onde atuou em 56 partidas e anotou 23 gols. Depois de duas temporadas com o Yurdu, Nobre acertou com o Kayserispor, em 2013, que é a sua atual equipe, para tentar salvá-los do rebaixamento. O intrépido jogador não conseguiu salvar o clube do descenso, mas fora uma das principais peças no retorno do clube à primeira divisão nessa temporada. Até o momento, o turco-brasileiro participou de 46 jogos com 16 gols marcados. Admirado pelos turcos por sua resiliência, Mert Nobre está há 12 anos na Turquia.


Sonny Anderson





















Amantes do futebol dos anos 90, regozijem-se! Quem é que não se lembra de Sonny Anderson, atacante que ficou brevemente conhecido pelos brasileiros ao atuar pelo Vasco e pelo Barcelona no começo da década passada? Revelado pelo XV de Jaú em 1988, o atacante chamou a atenção do Vasco durante a Copa São Paulo daquele ano e, logo após sua participação, o jogador assinou contrato com o clube cruzmaltino. Anderson atuou por três anos no Rio de Janeiro, com 63 partidas e 13 gols marcados. Antes de se aventurar pelo Velho Continente, Anderson teve breve passagem pelo Guarani no começo da década de 1990, onde atuara por uma temporada e meia. Sua primeira passagem pelo futebol europeu acontecera no modesto Servette, da Suiça, onde atuara por duas temporadas e meia. O grande momento da carreira do jogador brasileiro fora no verão de 1993, quando assinou contrato com o Marseille. Após ótima temporada com o Servette, o OM, maior clube da França, resolvera apostar no jogador, que em apenas uma temporada com o clube marselhês, fizera 16 gols em 20 jogos, sendo que atuara grande parte do tempo como uma espécie de 12º jogador. Na temporada seguinte, em 1994, o Mônaco gastara boas quantias de dinheiro para tirar o brasileiro do Olympique. Sonny Anderson fora seduzido pelo clube do principado com a promessa de ser titular absoluto do ataque monegasco, que vinha crescendo no cenário europeu. O atacante brasileiro fora titular numa equipe que tinha Barthez, Christanval, Petit, Legwinski e John Collins, além dos promissores David Trezeguet e Thierry Henry. Após três temporadas de muito sucesso com o Mônaco, onde fizera 59 gols em 103 partidas, o ídolo de Thierry Henry (o fato de o jogador francês usar os meiões um pouco acima do joelho é uma homenagem ao brasileiro, que ficara famoso na França por fazer isso para se proteger melhor do frio) mudou-se para Barcelona, numa época de transição do clube catalão, que havia perdido símbolos da conquista histórica da Champions League, em 1992, e lutava para ser hegemônico na Espanha. Sonny Anderson chegou para ser titular no ataque culé, que tinha Stoichkov (ele estava com 32 anos, e começara a jogar como atacante para correr menos), Dugarry (!!!), Amuneke (!!!!!) e Pizzi (tinha 30 anos e vinha de uma temporada de altos e baixos pelo Barça). No entanto, o Barcelona ainda contava com Pep Guardiola (na época tinha 27) e Luiz Enrique (hoje treinador culé), além dos recém-contratados Rivaldo e Giovanni. Entretanto, a passagem de Sonny Anderson pelo Barcelona não foi tão grandiosa quanto era esperada, tanto é que o jogador permanecera no clube catalão por apenas duas temporadas. Em baixa, o atacante brasileiro resolveu voltar para o país aonde é considerado um rei: a França. Dessa vez, o atacante escolhera o Lyon para, literalmente, marcar uma era no futebol francês. Ao todo, foram 146 partidas, 87 gols, 2 Campeonatos Franceses e a solidificação de uma marca. Isso tudo depois dos 30 anos. Hoje, Sonny Anderson, que foi uma referência para Thierry Henry e David Trezeguet, e que passou por grandes clubes da Europa, está aposentado e estudando futebol, tendo, inclusive, desempenhado a função de auxiliar técnico no Xamax-SUI, em 2011.


Bordon





















Longevidade e lealdade, essas são as palavras que definem muito bem o nosso querido Marcelo Bordon, ou melhor: Bordon. Revelado pelo São Paulo, naquele famoso "Expressinho Tricolor" comandado pelo Muricy Ramalho, onde foi campeão da Conmebol e da Recopa, o zagueiro sempre foi reconhecido por ser preciso nas divididas. Bordon atuou por seis anos no São Paulo, sempre alternando entre a titularidade e o banco de reservas, até ser negociado com o Stuttgart. No tradicionalíssimo clube alemão, Bordon foi titular, ídolo e referência para os mais novos. Pelos suábios, em pouco mais de cinco temporadas, o zagueiro brasileiro disputou 148 partidas e marcou 12 gols, uma marca bastante decente para um jogador que atuava pouco no país de origem e que, querendo ou não, estava enfrentando uma cultura completamente diferente. Bordon sempre demonstrou muita frieza e segurança, predicados que chamaram a atenção do Schalke 04 no início da temporada de 2004/05, quando o brasileiro trocou de cores na Bundesliga. Usando o Azul Real do Schalke, Bordon atuou em 212 partidas e anotou 16 gols. Entretanto, em mais de 10 anos atuando como titular na Bundesliga, o zagueiro brasileiro conquistara apenas um troféu, e fora apenas a Taça da Liga Alemã, em 2006. Depois de seis temporadas com o Schalke 04, o brasileiro, que convivia com algumas lesões, mudou completamente de ares ao trocar a Alemanha pelo Catar, onde defendera o Al-Rayyan na temporada de 2010/11, já com os seus 35 anos. Após uma temporada inteira jogando sob o sol escaldante do Catar, Bordon resolvera se aposentar do futebol. Pouca gente se lembra, mas o caipira de Ribeirão Preto esteve na Copa América de 2004, quando o Brasil vencera a Argentina na final.


Élber

















Quando o assunto é brasileiro na Bundesliga, em quem você pensaria? Hoje, poderíamos dizer Roberto Firmino (que foi para o Liverpool), quem sabe. No entanto, durante a década de 1990, esse nome era outro. Élber, revelado pelo Londrina, em 1990, ficou famoso após ótima participação no Mundial Sub-20, quando o Brasil perdeu a final nos pênaltis para histórica seleção de Portugal, que tinha Jorge Costa, Rui Costa, João Pinto e Luís Figo. Élber foi o artilheiro da seleção com quatro gols em seis jogos, o necessário para chamar a atenção do Milan, que acertou o seu empréstimo por uma temporada com opção de compra junto ao Londrina, fato que acabou não acontecendo. O atacante voltou para o clube paranaense, que logo o vendeu ao Grasshoppers-SUI, justamente na mesma época em que o Sonny Anderson defendia o Servette. Élber ficou por lá durante três temporadas até acertar sua transferência para o Stuttgart, clube que fora responsável por deslanchar a sua fama de matador. Foram apenas 88 jogos com a camisa dos suábios, porém, os expressivos 43 gols, numa época em que os clubes alemães estavam carregados de centroavantes goleadores, foram mais do que o suficiente para convencer o Bayern de Munique a gastar altas cifras em sua contratação. O duradouro relacionamento entre Élber e o gigante alemão foi digno de uma novela romântica. Ao todo, o brasileiro disputou 252 partidas com a pesadíssima camisa bávara, além de ter marcado 127 gols pelo clube e ter ajudado o clube a conquistar a Liga dos Campeões de 2000/01, o Mundial do mesmo ano, quatro Bundesligas, quatro Taças da Liga Alemã e quatro Copas da Alemanha, além de ter sido o artilheiro da temporada 2002/03. Apesar de ser considerado um monstro sagrado do Bayern, Élber não teve o mesmo tratamento por parte dos brasileiros, que, semelhante ao que acontece hoje em dia, torciam o nariz quando o nome dele era convocado para a seleção. O motivo? Não tinha se destacado no futebol nacional. Tanto é que o Luizão fora convocado para a Copa de 2002 (acabou sendo importante no pênalti inexistente) num ano muito bom do Élber, melhor do que o do Luizão. Todavia, depois de sete anos envergando muito bem a camisa bávara, o brasileiro fora negociado com o Lyon, onde atuou por duas temporadas. Em 2005, já em final da carreira, a lenda do Bayern de Munique voltou a Bundesliga para ajudar o Borussia Monchengladbach, que precisava de um centroavante. Élber durou pouco tempo no Gladbach, tanto que saiu da equipe no meio da temporada para assinar com o Cruzeiro, em 2006, que acabou sendo o seu último clube como profissional. Se hoje você fica bravo com o desconhecimento de jogadores como Roberto Firmino, Douglas Costa, Alex Teixeira e outros que de vez em quando aparecem na convocatória para a Seleção, imagine como foi na época do Élber. A sorte do Felipão é que 2002 acabou dando certo, O "nojinho", que grande parte dos brasileiros sentiam pelo Élber, acabou justificando a ausência da lenda bávara no plantel Campeão do Mundo em 2002. Algo que pode se repetir atualmente com alguns jogadores já citados anteriormente.

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