Postado Por : TramaFC 26.12.13

Duas coisas levaram a criação dessa nova publicação. A primeira delas foi o sucesso do primeiro texto sobre os eternos rojões molhados, que consistia num time imaginário onde as maiores promessas do futebol brasileiro dos anos 2000 enfrentariam outro time brasileiro com esse mesmo critério. A segunda motivação é que esse fenômeno dos rojões molhados não é exclusividade nossa, sendo que a quantidade de jogadores estrangeiros que não deram certo é absurda.

Os critérios são quase os mesmos da primeira publicação, a querida "A volta dos que não foram". Desta vez, todos os jogadores analisados são de 2000 em diante (nada de jogadores revelados em 1996). Como a quantidade de jogadores no mercado estrangeiro é bem maior, foi necessário um critério mais rigoroso. Além disso, como não existe a Copa São Paulo de Futebol Junior como parâmetro, foi estabelecido que todos os jogadores analisados teriam que ter disputado, ao menos, uma competição oficial de categoria de base entre seleções.

Lembrando que essa lista não é somente de promessas europeias. Aqui você encontrará jogadores latinos, asiáticos, africanos e até árabes. Assim como na primeira publicação do "A volta dos que não foram", o time A será escalado (dessa vez com campinho e tudo!) na primeira parte e, na segunda parte o time B terá sua vez.

Prontos? Assim fica o TIME A do mercado estrangeiro das promessas que não vingaram:

Algumas das maiores mentiras do futebol, especialmente a dupla Giovani dos Santos e Freddy Adu, num esquema tático bastante ousado.

Sergio Asenjo - 9 entre 10 pessoas que viram Sergio Asenjo jogar pelas categorias de base da seleção espanhola cravavam que o atual goleiro do Villareal seria o maior de sua geração. Revelado pelo Valladolid, Asenjo apareceu muito bem na geração de ouro espanhola que venceu a Euro Sub-19, em 2007. Porém, após esse burburinho todo em 2007, o goleiro espanhol começou a cair no ostracismo que muitos dos goleiros espanhóis estão acostumados. Asenjo disputou com a seleção espanhola os torneios sub-21 do Mundial e da Euro, em 2009, mas sem obter sucesso algum. Mesmo sem repetir as boas atuações nas categorias de base, o goleiro conseguiu uma transferência do modesto Valladolid para o Atlético de Madrid na temporada 2009/10. Asenjo começou como titular da meta Colchonera, porém, após inúmeras falhas o goleiro virou reserva de outra revelação espanhola: De Gea. O atual goleiro do Manchester United teve uma temporada fantástica defendendo o gol do Atlético, impossibilitando que Asenjo retomasse a posição e fazendo que fosse emprestado ao Málaga. De Gea manteve a condição de titular até ser negociado com os Red Devils, na temporada de 2011/12. Esperava-se que Asenjo fosse retomar a posição de titular, se não fosse pela excelente pré-temporada de Thibaut Courtois, goleiro belga que veio por empréstimo do Chelsea aos Colchoneros. O rojão molhado espanhol manteve-se nessa condição por mais duas temporadas até ser emprestado novamente, só que dessa vez para o Villarreal, onde encontrou a titularidade momentânea.


Bosingwa - O lateral-direito português, que nasceu no antigo Zaire, ficou famoso pela estupenda partida que fez pelo Porto na final da Champions League, contra o Mônaco, em 2004. Bosingwa, que devido a sua força e apoio ao ataque, era constantemente comparado à Cafu. Após cinco temporadas com o Porto, o jogador trocou as terras lusitanas pela terra da rainha - mais precisamente pelo Chelsea - sendo que jogador foi um pedido especial de José Mourinho, que o treinou naquela saga do Porto até conquistar a "orelhuda". Entretanto, quando tudo parecia encaminhado para o sucesso do lateral português, sob a batuta de um compatriota, o sonho ruiu. Bosingwa contabilizou inúmeras partidas abaixo da média, um monte de gols-contra, gols perdidos e até erros em cobranças de lateral. O jogador chegou a ser rebaixado para a equipe reserva dos Blues devido as falhas. Na temporada passada, Bosingwa trocou o Chelsea pelo Queens Park Rangers não só pela esperança de reencontrar o futebol que o fez famoso nos tempos de Porto, mas também na esperança de reconquistar uma vaga na seleção portuguesa. Até o momento, o lateral, hoje com 31 anos, não conseguiu embalar no futebol inglês (foi negociado com o Trabzonspor-TUR) e também falhou miseravelmente em retornar à seleção.

Royston Drenthe - O nosso lateral-esquerdo ficou muito famoso quando trocou o Feyenoord pelo Real Madrid por cifras milionárias e irrisórias por sua respectiva fama na época. Drenthe, um lateral "moderno", que era famoso pelo apoio ao ataque e com chutes potentes vindos de sua perna esquerda, logo beliscou uma vaga entre os titulares merengues. Vale lembrar que Drenthe fazia parte do "pacote holandês" que o Real Madrid trouxe para a temporada, que contava com Sneijder (Ajax), Van der Vaart (Ajax) e Robben (Chelsea). Também vale lembrar que nenhum deles vingou no Real Madrid, especialmente os últimos três, que foram negociados com outras equipes antes do próprio Drenthe. No entanto, por que eles não estão na lista de rojões molhados? Simples. Sneijder, Van der Vaart e Robben trocaram o Real Madrid por Inter, Tottenham e Bayern de Munique na hora certa e retomaram o rumo de suas carreiras, o que não aconteceu com o Drenthe, que preferiu continuar no Real por mais três temporadas até ser emprestado ao Hércules, em 2010/11. Drenthe até que começou bem no nanico espanhol, onde até fora destaque numa partida contra o Barcelona de Messi e cia ltda (naquela temporada fantástica dos catalães), em que seu clube venceu o Barça por 2x1, com um gol do holandês e outro do atacante paraguaio Nelson Valdez. Depois desse brilhareco, Drenthe não apareceu mais na mídia e fora esquecido de vez pela seleção holandesa. Após sua passagem pelo Hércules, o lateral-esquerdo fora emprestado pelo Real Madrid ao Everton, e na temporada seguinte negociado com o Alania-RUS. Atualmente, Drenthe atua pelo Reading, na segunda divisão da Inglaterra.

Burdisso - Quando chegar o dia de Nicolás Burdisso fazer a passagem para o outro mundo, apesar de mórbido, seria conveniente escrever em sua lápide "o eterno reserva". Famoso em toda América do Sul, Burdisso fez uma jornada extraordinária em seus cinco anos de Boca Juniors. Jogando pelos Xeneizes, o zagueiro conquistou TRÊS Libertadores (2000, 2001 e 2003) e DOIS Mundiais, além de DUAS Aperturas, UM Mundial Sub-20 e UMA Olimpíada. Currículo invejável, não? Graças à sua marcante passagem pelo clube argentino, Burdisso conseguiu um contrato com a Inter de MIlão, onde disputaria vaga com Córdoba, Mihajlovic, Materazzi e Gamarra. Resultado? Banco de reservas para ele. No entanto, famoso pelo temperamento difícil, Burdisso pediu para ser emprestado ao Boca logo após sua chegada à equipe Nerazzurri. Após sua volta de empréstimo, o zagueiro argentino, ídolo no Boca, não conseguiu manter-se entre os 11 titulares da Inter, sendo que foram os vários fatores que contribuíram para o seu "azar". O primeiro deles é a baixa estatura (1,83m), apesar do ótimo desempenho no chão. O segundo problema era a concorrência. Logo após assinar com a Inter, além desses jogadores já citados, Burdisso enfrentou a concorrência de Cristian Chivu, Walter Samuel (conterrâneo) e Lúcio - sem contar que Patrick Vieira geralmente jogava de zagueiro também. O terceiro empecilho na carreira de Burdisso era a enorme lista de contusões sofridas ao longo de seu contrato com os Nerazzurri. Todo mundo sabe da qualidade do zagueiro argentino, que apesar de todos esses problemas sempre foi convocado à seleção de seu país - ainda como reserva. Sua liderança, confiabilidade e baixo salário lhe garantiram um contrato com o seu atual clube, a Roma. Burdisso até que começou bem a sua primeira temporada com a Roma, em 2009/10, porém, as lesões tornaram a atrapalhar o zagueiro. Contratado para ser titular e botar ordem na casa romanista, Burdisso voltou a enfrentar os três fantasmas que o perseguiam na Inter. Ah, ele ainda é reserva.

Woodgate - Quem nunca contratou o zagueiro inglês na Master League que atire a primeira pedra! Jonathan Woodgate, revelado pelo Leeds e com ótima passagem pelo Newcastle, era nome certo nas convocações para a seleção inglesa. Bom no jogo aéreo e preciso nos desarmes, Woodgate fora contratado pelo Real Madrid, no mesmo pacote que continha Michael Owen, na temporada de 2004/05. Pelos merengues, o zagueiro inglês teve a companhia de outro jogador conterrâneo, o meia David Beckham, que assegurou a chegada da promessa inglesa como a solução de todos os problemas defensivos da equipe. No entanto, a realidade foi totalmente obscura e contraditória ao que Beckham havia cravado sobre o colega de seleção. Woodgate, que na Inglaterra gozava de um respeito técnico muito grande, foi um dos maiores "nonsense" da história do Real Madrid devido às péssimas atuações descontadas em seu péssimo timming, descolando ao jogador uma quantidade assustadora de cartões vermelhos. Por isso, o zagueiro enfrentou a temida geladeira merengue, de onde poucos jogadores se safam. Foram três anos atuando no Santiago Bernabéu, sendo que duas dessas temporadas pouco se ouvia falar do zagueiro. Para se ter noção, Woodgate era a última opção dos treinadores Galáticos, que preteriam o jogador e escalavam "coisas" como Raul Bravo, Paco Pavón, Ivan Helguera, Álvaro Mejia, além dos já consagrados Sergio Ramos, Fabio Cannavaro e Christoph Metzelder. Sua curta estadia de três temporadas no gigante de Madrid terminou quando o jogador fora negociado com o Middlesbrough, na temporada de 2006/07. Por lá, Woodgate tornou a desempenhar uma temporada mais regular, com duas temporadas seguidas como titular do modesto Boro até ser vendido ao Tottenham em 2008. Nos Spurs, o zagueiro inglês tornou a ser esquecido e amargou o banco na maioria de suas quatro temporadas em White Hart Lane. Sem espaço no futebol de alto nível, longe da seleção inglesa e com poucas propostas, Woodgate foi parar no Stoke City, clube conhecido pelo poderio defensivo. Onde se imaginava a retomada do futebol daquele que outrora era apontado como esperança na defesa inglesa, foi na realidade a afirmação de que Woodgate era uma das maiores mancadas do futebol. O zagueiro não durou uma temporada inteira e já fora negociado com o Middlesbrough, clube que o acolheu após sua desastrosa passagem pelo Real Madrid. No entanto, o Boro se encontra na segunda divisão inglesa, longe do glamour que Woodgate imaginou um dia ter.

Gabri - O futuro do Barcelona reside nos pés de um meio-campista cerebral, que joga como volante, porém não é caneludo. Suas principais características são os passes precisos e lançamentos magistrais que colocavam os atacantes Culés na cara do gol. Parece que estamos falando sobre o fantástico meia Xavi Hernández, que mudou o curso da história blaugraná. Entretanto, o tópico dessa conversa é outro jogador revelado nas canteiras de La Masia, a fábrica de jóias do Barcelona. Gabri é a prova viva de que nem tudo o que o Barça faz é bonito, e que às vezes saem umas coisas bem estranhas de lá. Revelado na época de 1999/00, Gabri era pautado pelos principais jornais da Espanha como o cisne mais belo que um clube espanhol já ousou preparar para o mundo do futebol, e que o outro menino que subia consigo, um tal de Xavi, viveria às sombras do volante carequinha e dos outros titulares Culés - que eram simplesmente Philip Cocu, Pep Guardiola, Ronald de Boer, Luis Enrique e Zenden! Para se ter uma ideia, Xavi vestia a camisa 26 do Barcelona à época e o Gabri usava a 18. Porém, para a sorte do Barcelona, o curso da história provou que os jornais e a diretoria estavam errados sobre os camisas 26 e 18. A trajetória de Gabri e Xavi também se cruzavam nas categorias de base da Espanha, e entre 1999 e 2004 os dois dividiram as ações da meia-cancha da Fúria, e na final das Olimpíadas de 2000 (quando o Brasil fora eliminado pela seleção de Camarões, do atacante Eto'o) os dois volantes marcaram os gols da Fúria, que empatou em 2x2 com os africanos e posteriormente perderam o título nas cobranças de pênaltis por 5x3. Como dito antes, Xavi provou à todos que era melhor que Gabri, e condenou o volante ao banco de reservas. Mais à frente, na temporada de 2006/07, Gabri fora negociado com o Ajax, pois o Barça planejava contextualizar seu modo de jogar em cima do craque Xavi, que já era dono da camisa número 6. Durante 10 anos (três como jogador do Barça B), o volante conquistou nove títulos com o Barcelona, inclusive aquela Champions League de 2005/06, em seu último ano como um Culé, contra o Arsenal. Gabri, apesar da fama de "flop" (termo que os europeus dão aos seus rojões molhados), manteve-se no gigante holandês, conquistando duas Copas e uma Supercopa. O volante não só se manteve, como também conseguiu ficar por quatro temporadas com o Ajax, sempre alternando entre titular e reserva, até ser vendido ao Umm-Salal-QAT. Ironicamente, após sua venda, o Ajax também reimplantou em seu time um esquema mais ofensivo, recheados de jovens promessas e que eram liderados pelo treinador, e ídolo, Frank de Boer. Depois de se aventurar pelo Mundo Árabe, Gabri voltou à Europa para se aventurar no futebol suíço, defendendo as cores azuis do Sion e as vermelhas do Lausanne.

Miguel Veloso - Tratado como joia nas categorias de base do Sporting, Veloso subiu aos profissionais para ser o grande capitão, a pedra fundamental dos falidos Leões. Como Veloso está escalado no nosso time de rojões molhados, obviamente o volante não conseguiu se destacar em terras lusitanas. Mas, voltando um pouco no passado, Miguel Veloso era sempre cotado, desde suas aparições nas categorias de base de Portugal (onde conquistou a Euro Sub-17, em 2003), em grandes clubes como Manchester United, Barcelona, Chelsea (durante o reinado de José Mourinho), Arsenal e tantos outros gigantes. Esse assédio todo era explicado por suas características ímpares, pois o volante tinha um ótimo senso de marcação e fineza no trato com a bola, e sua promoção aos grandes nomes lusitanos parecia ser inevitável. A derrocada de Veloso pode ser atrelada ao péssimo desempenho do Sporting, clube que não conquista uma liga desde 2001/02, e sempre decepciona os fãs, já que Cristiano Ronaldo, João Moutinho, Nani e outros grandes nomes saíram do mesmo buraco que ele. A má fase da seleção portuguesa também pode ser usada como desculpa por Miguel Veloso, já que todos imaginavam que essa prolífera geração daria conta do recado e traria mais taças à capital Lisboa. Apesar de tudo, mesmo estando com 27 anos, Veloso ainda participa das convocações lusitanas, inclusive participou da Copa do Mundo de 2010, em solo africano, onde obteve uma apresentação horrorosa, cheia de cartões amarelos e vermelhos. Marcado pela displicência e falta de conduta, as propostas que eram especuladas, e que viriam dos grandes clubes já citados, se tornaram numa mera oferta de mercado vinda do Genoa, onde o jogador não se destacou e fora vendido ao Dynamo Kiev, sua atual casa.

Giovani dos Santos - Craque, gênio, o prodígio mexicano, aquele vai levar o México às finais de Copas do Mundo. Eram esses os adjetivos dados ao jovem ponta-esquerda/meia-ofensivo, do Barcelona e da seleção mexicana. Filho de Zizinho (NÃO AQUELE) - que fora revelado pelo São Paulo e que construiu toda a sua carreira no México -, Giovani dos Santos é mais uma promessa de La Masia, a já citada academia de talentos do Barça, que não vingou. O jovem mexicano, segundo o próprio Guardiola, era dotado de uma arrogância estupenda, o que infligia em sua maneira de jogar. Toques de lado, participação zero na marcação dos zagueiros (marca registrada do Barcelona), faltas desnecessárias e certa rusga com Messi foram os motivos de sua saída do Barça. Porém, antes de tomarem a decisão de vendê-lo ao Tottenham, algo comichava atrás dos ouvidos dos dirigentes catalães: a sua homérica participação no Mundial Sub-17, quando o México derrotou o Brasil na final por 3x0. Dos Santos, que fora considerado o Golden Boy daquela edição, além de ter desempenhando uma jornada de classe mundial, era o nome falado em todo mundo. Já pela seleção mexicana, Giovani dos Santos alternava bastante os seus desempenhos nos gramados. O jovem, apesar da alternância, conquistou duas Copas Ouro, e fora considerado o craque das duas edições. Mas, falando do dia-a-dia do futebol, dos Santos não se firmava em nenhum lugar, e acabou sendo emprestado pelos Spurs ao Ipswich Town (na ocasião, clube da segunda divisão inglesa), ao Galatasaray e ao Racing Santander. Na temporada de 2012/13, a paciência judaica dos dirigentes do clube inglês esgotou-se e decidiram por vender o jogador ao Mallorca, após cinco temporadas de contrato com o clube. No entanto, na temporada passada, Giovani dos Santos destacou-se na fraquíssima campanha do clube espanhol (culminou com o rebaixamento do clube do litoral espanhol) e acabou sendo vendido ao Villarreal, recém-promovido à primeira divisão. Ao contrário de Giovani, Jonathan dos Santos (que tem cidadania brasileira, diferentemente do irmão) ainda está em Barcelona e é frequentemente usado por Tata Martinez.

Freddy Adu - O novo Pelé, segundo a mídia americana. No final de 2002, fomos pegos de surpresa com a seguinte matéria: "EUA revela o novo Pelé". "Minha nossa, os americanos aprenderam a jogar futebol!", essa foi a minha reação após ver a matéria exibida pela TV Bandeirantes. Negro, rápido, forte, matador, joga contra jogadores mais velhos e se destaca. Era isso que a matéria dizia, na época. Ao menos temos de admitir que a história contada por eles era muito parecida com a de Pelé, porém - com um grande e suntuoso PORÉM -, essas grandes apresentações aconteciam na terra do McDonald's, onde o futebol era amador e infértil. Outra coisa que era questionável sobre suas habilidades: de 2003 à 2007, longo período em que participou do campeonato americano de futebol profissional, seus números não eram dignos nem de um Bebeto. Estranho. MUITO ESTRANHO. No entanto, mesmo sob essa plausível desconfiança do mundo inteiro, o americano firmou um contrato com o Benfica, o gigante português. A princípio, o jogador viria para integrar o Benfica B, onde ficou seis meses. Porém, mesmo com uma fraquíssima participação nas Olimpíadas de 2008, o jogador conseguiu ser emprestado ao Mônaco para ajudar o clube na luta contra o rebaixamento na League One. Missão cumprida não por ele, mas pelos outros companheiros de equipe, já que lá ele era pouco utilizado. Em meados de 2009, Adu voltou à Portugal, mas não para defender o Benfica. Na terrinha, o jovem atacante americano fora emprestado ao Belenenses para melhorar os seus fundamentos. Houve melhora? Que nada! O americano não chegou a ficar uma temporada completa em Portugal, sendo repassado ao Aris-GRE. Após seis meses na Grécia, o jogador foi novamente emprestado ao Rizespor-TUR, que disputava a SEGUNDA DIVISÃO do país. Farto dos péssimos desempenhos do jogador de origem ganesa, o Benfica rescindiu o contrato de Adu, que acabou assinando com o Philadelphia Union, em 2011. Após dois anos em casa, algo digno de Football Manager aconteceu! O Bahia trocou o volante Kleberson com o clube de Adu para que ele disputasse o Brasileirão deste ano. Em Salvador, o americano fora utilizado em duas circunstâncias, ambas vindo do banco de reservas, e com o pífio aproveitamento de 20 minutos no campeonato todo! Atualmente, o novo Pelé está sem clube.

Cassano - Antonio Cassano podia muito, muito, muito mais. Só que ele não quis ser muito mais. O atacante italiano, revelado pelo Bari, e que ficou conhecido pela grande parte do mundo quando trocou o pequeno clube do estado de Puglia pela Roma, era um jogador em ascensão e de características idênticas as de Totti - já que ele estava à caminho do clube do Eterno Capitano. O seu desempenho na primeira temporada pela Giallorossi foi estupendo, causando um impacto gigantesco após levar a Roma ao vice-campeonato, ficando atrás da Juventus (campeã) por apenas 1 ponto. Mas, o que mais chamava a atenção para o Cassano eram suas características totalmente opostas ao futebol praticado pelos atacantes italianos, sendo que a jovem promessa possuía dribles insinuantes, muita correria e um descaso muito grande com a marcação. Seu entrosamento com Totti era de se encher os olhos, e, excluindo o Scudetto de 2000/01, uma temporada antes de Cassano assinar com a Roma, nunca se viu o Totti jogar tanta bola quanto ele jogou com o Cassano! Em suas cinco temporadas pela Giallorossi, Cassano fez 153 jogos e marcou 50 gols, porém, o atacante passou em branco no que se resume a títulos. Na temporada de 2005/06, após participar da Eurocopa de 2004 e vindo de uma temporada razoável com a Roma, Cassano trocou a capital italiana pela capital espanhola para defender o Real Madrid a pedido, pasmem, de VANDERLEI LUXEMBURGO (flashback: o treinador permaneceu durante o ano inteiro de 2005 no comando do Real). Era de se esperar que o Cassano fosse brilhar no clube merengue, já que Raul não gozava de muito respeito com o Luxa, além de que o Robinho, recém-chegado, ainda se adaptava à maneira europeia. Também era esperado que Cassano firmasse uma dupla de ataque com Ronaldo tão fulminante quanto fora com Totti nos tempos de Roma. Os números traduzem muito bem as duas temporadas de Cassano com o Real: o jogador atuou em apenas 29 partidas com míseros 4 gols anotados. O principal fator que desequilibrava contra Cassano era justamente o seu maior amor: a gandaia. Apesar de ser ridiculamente esquisito, o atacante afirma ter um poder "sobrenatural" com as mulheres, resultando numa declaração onde, para espanto geral de todo mundo, ele afirma ter saído com mais de duas mil (loucas) mulheres. Ao contrário de sua fama fora de campo, o italiano saiu tão por baixo do Real Madrid que sua transferência para a Sampdoria saiu praticamente despercebida durante o mercado de transferências, algo inimaginável para os admiradores do Calcio que davam como certo o seu sucesso no mundo futebolístico. No entanto, antes mesmo de se perpetuar como um grande fracasso, Cassano tinha na Sampdoria a sua chance de se redimir no futebol e tentar voltar à um grande centro. A passagem de Cassano pelo tradicional clube de Genova foi um grande paradoxo, pois o atacante ao longo das quatro temporadas na Liguria desempenhou momentos altos e baixos - talvez a Samp fora o melhor momento de Cassano após sua saída da Roma, já que o atacante conseguiu classificar a Sampdoria à última fase de qualificação para integrar a fase de grupos da Champions League. Durante essas quatro temporadas, o jogador entrou em campo 112 vezes e marcou apenas 39 gols. Cassano saiu brigado da Sampdoria após xingar o presidente e questionar as ambições da Samp com relação à sua pessoa. Depois da Sampdoria, Cassano beliscou uma vaga no elenco do Milan - e também na seleção italiana, onde disputou a Eurocopa de 2012 -, time que defendeu por três temporadas discretas, marcando oito gols em 40 partidas. Seu fraco desempenho não impediu que o clube Rossonero o trocasse com a arquirrival Inter, em 2012/13. Após uma temporada tão fraca quanto às de outrora, Cassano fora emprestado nesta temporada ao Parma com as pampas de "grande reforço para o centenário do Giallo Blu".

Roque Santa Cruz - Existem dois tipos de rojões molhados: os pernas-de-pau e as decepções. Como diferenciar um perna-de-pau para um jogador decepcionante? Fácil. Um perna-de-pau é aquele que se destaca num cenário duvidoso, sem muita procedência, e que na hora H ele "peida". Um jogador decepcionante é aquele profissional que tinha potencial, mostrava habilidade em diversas situações, mas que por condições extra-campo, azar, mal-gerenciamento da carreira ou simplesmente falta de comprometimento, não vingaram. Esse é o caso do paraguaio Roque Santa Cruz. Revelado pelo Olímpia em 1998, Santa Cruz é um centroavante alto (1,91m) e com boa técnica nos pés, uma combinação perfeita para um jogador nessa posição explodir no futebol contemporâneo. Seu sucesso nas categorias de base do Paraguai somado ao seu ótimo debute num dos principais clubes da América do Sul lhe credenciou a assinar um contrato valioso com o gigante Bayern de Munique, em 1999. Tratado como joia pelos alemães, Santa Cruz veio para fazer parte de uma reestruturação do clube bávaro, que recentemente havia perdido a Champions League para o Manchester United no último lance da final. Os grande nomes da linha ofensiva alemã eram os brasileiros Paulo Sérgio e Élber, que tinham como substitutos imediatos os alemães Jancker e Zickler. Mesmo sendo uma promessa, Roque Santa Cruz tinha suas oportunidades durante os primeiros dois anos na Alemanha. Pela seleção paraguaia, Santa Cruz encantava os latinos, que por sua vez não entendiam como esse cara era reserva lá na Bundesliga. Seu ápice fora durante a Copa do Mundo de 2002, onde mesmo tendo marcado apenas um gol, mostrou a sua habilidade em armar as jogadas de ataque e de segurar os zagueiros adversários na disputa pela bola (algo que ele aprendeu com o treinador, e lenda italiana, Cesare Maldini). Essa habilidade havia sido perdida durante um bom tempo no futebol, mas Santa Cruz era capaz de ressuscitá-la como poucos. De volta aos dias de Bayern, o paraguaio teve de conviver com as contusões e dificuldades de se manter no peso correto. Sabendo do potencial de seu centroavante, os dirigentes bávaros sempre renovavam seu contrato, amarrando-o ao clube sempre que surgia a hipótese do jogador trocar de ares em busca de um clube que lhe desse mais oportunidades de atuar como titular. Entretanto, o baque das contusões atrapalharam demais no projeto do paraguaio de se tornar um jogador de classe mundial, levando-o a atuar em 235 partidas pelo Bayern com apenas 53 gols anotados. Após ficar escondido por OITO temporadas no gigante alemão, Santa Cruz acertou a sua transferência para o Blackburn, clube que sempre lutava pelas posições intermediárias na Premier League. Jogando como titular, o paraguaio reencontrou o caminho para o sucesso com uma ótima campanha de 40 partidas e 22 gols na temporada de 2007/08, e de 27 partidas e seis gols em 2008/09 - na segunda temporada com os Rovers, Santa Cruz rompeu os ligamentos do joelho novamente e perdeu todo o segundo turno da Premier League. Revitalizado no mercado, Santa Cruz foi comprado na temporada de 2009/10 pelo Manchester City, que na época havia sido vendido ao ambicioso magnata tailandês e que pretendia transformar o Sky Blue numa potência mundial. No entanto, o paraguaio ficou perdido no meio da baciada de jogadores que o City trouxe com a injeção de dinheiro do velho tailandês, que contava com Robinho, Tevez, Bellamy e Adebayor (só para ficar entre os atacantes). A concorrência era desleal já que Santa Cruz ainda voltava da contusão no joelho, o que lhe sujeitou a participar de apenas 24 jogos em duas temporadas com os Citizen, marcando apenas QUATRO gols. Visando uma boa forma física e continuidade para poder servir o seu país na Copa do Mundo de 2010, o paraguaio foi emprestado ao Blackburn, time que lhe reprojetou ao futebol. Entretanto, Santa Cruz falhou novamente em desempenhar todo aquele futebol que nós conhecíamos no começo de sua carreira, fazendo apenas 10 aparições na temporada inteira e sem marcar um gol sequer. Essas estatísticas medíocres não impediram que ele fosse convocado para a Copa, onde ele foi titular e saiu da Africa do Sul com uma assistência contabilizada em seu caderninho. Já na temporada de 2011/12, Santa Cruz, que não tinha espaço no robusto elenco do Manchester City, foi novamente emprestado, só que dessa vez ao Bétis. Com uma regularidade maior de 35 partidas, o paraguaio marcou sete gols, um número baixo, mas que se você for pesar na balança levando em consideração as desvantagens físicas de Santa Cruz é um número satisfatório. Deve ter sido isso o que pensou o Málaga quando acertou a contratação do nosso querido atacante, em 2012/13, visando a Champions League. Santa Cruz, que já tem 32 anos (inacreditável, eu sei!), é um caso lastimável daqueles jogadores que nós tínhamos certeza de que daria certo, mas que não deu.

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