Postado Por : TramaFC 18.1.14

E a NFL está cada vez mais próxima do derradeiro final de temporada, o tão aclamado Super Bowl já está batendo a porta. Patriots, Broncos, Seahawks e 49rs brigam por um lugar no MetLife Stadium, em New Jersey, no dia 2 de fevereiro. As finais de conferência, AFC e NFC, serão disputadas pelas quatro melhores equipes na fase qualificatória da NFL, algo raro na história do esporte. O campeão da AFC East, AFC West, NFC West e vice, serão os protagonistas das duas partidas de domingo que prometem ser históricas.

Saints, Colts, Panthers e Chargers tentaram abocanhar um lugar na final de conferência, porém, seus esforços não foram suficientes. Marques Colston, WR de New Orleans, tornou-se numa grande piada ao errar a jogada no último drive que poderia mudar o rumo da partida contra Seattle. Indianapolis, que estava cheio de moral após grande partida contra Kansas City Chiefs, não viu a cor da bola contra o arquirrival, que valeu-se da força do RB LeGarrette Blount, que acabou expondo toda a fragilidade do time de Indiana. Panthers, que possuía a segunda melhor defesa da NFL, mostrou que não basta ser intransponível, a lição é de que é preciso ousar mais no ataque para conquistar posições maiores na liga. Já o time de San Diego repetiu o mesmo prontuario do Cotls, que também apresentara um defesa muito frágil.

Dizem que a camisa também pesa muito na NFL, algo que pode ser favorável a três das quatro equipes que disputarão as finais de conferência. Patriots, Broncos e Niners já conquistaram mais de uma vez o Super Bowl, enquanto o Seahawks nunca vencera a final. Confira abaixo todos os detalhes que vão compor as finais da AFC e NFC:


AFC CHAMPIONSHIP FINAL GAME

New England Patriots (12-4-0)
Denver Broncos (13-3-0)











O campeão da AFC West recebe em sua casa, o Sport Authority at Mile High, o campeão da AFC East, respectivamente o primeiro e segundo colocados no power ranking da conferência americana. Será mais um duelo entre Denver Broncos e New England Patriots, mais uma rivalidade que surgiu gracas ao eterno duelo entre Manning e Brady. No entanto, a final da conferência americana possui outros ingredientes que vão além do antagonismo entre os dois maiores mitos do futebol americano.

O primeiro fato relevante, e pedra cantada ao longo da campanha, é a máquina mortífera que se tornou a linha ofensiva dos Broncos após a chegada de Manning, especialmente nessa temporada quando o time se firmou como melhor ataque da competição. O QB, que é o responsável direto pelo upgrade de uma linha repleta de jogadores desconhecidos, bateu o recorde da liga em jardas e touchdowns e agora busca melhorar sua infame marca de 10 vitórias e 11 derrotas nos playoffs. Para que uma nova tragédia não aconteça, Manning terá de contar muito com a ajuda de seus protetores no pocket, que até o momento permitiram que o adversário sacasse o lançador em 28 oportunidades. Se a proteção deixa a desejar, os recebedores da equipe são uma outra história na saga desse ataque que ficará eternamente na lembrança dos fãs da NFL. Os quatro principais alvos de Peyton Manning, o WR Demaryious Thomas, o TE Julius Thomas, o WR Wes Welker e o WR Eric Decker, tiveram uma destacável partida contra os Chargers, onde juntos combinaram para 22 recepções, tendo o WR Demaryious Thomas como destaque com 8 recepções. Entretanto, é bom a defesa dos Patriots tomar cuidado com esse ataque, especialmente quando Manning grita o seu famigerado "OMAHA!!!", que é um comando especial para a linha ofensiva onde é impossível prever se vem um passe aéreo ou uma jogada terrestre.

Desfocando Manning por algumas linhas, vamos prestar atenção em alguns detalhes sobre o restante da equipe de Denver, que deve ter o desfalque do safety Duke Ihenacho, do tight end Joel Dreessen, do free safety Mike Adams e do offensive tackle Winston Justice. Dentre todos os jogadores machucados, a pior notícia para John Fox é justamente o primeiro deles citado, Duke Ihenacho, que fora responsável por 73 tackles e 3 fumbles forçados. Para tentar remediar a situação, Fox deve mudar a postura de sua defesa, que apesar de ocupar a 19ª posição no ranking (sete posições acima da defesa de New England), mostrou fragilidade quando enfrentou San Diego - que desempenhou uma campanha abaixo da média no duelo -, contabilizando apenas 43 tackles combinados (a média dos oponentes são de 67 tackles combinados). Apesar dos números da defesa, uma coisa é certa que os Broncos deverão explorar nessa partida contra NE: os sacks. Na partida contra San Diego foram QUATRO sacks que fizeram Phillip Rivers engolir a grama do Mile High, todos eles servidos por Malik Johnson (1.0), Jeremy Mincey (1.0) e Shaun Phillips (2.0). Considerando os sacks, os donos da casa ainda terão que contar com uma partida segura de dois de seus destaques na linha defensiva, o cornerback Dominique Rodgers-Cromartie, e o outside linebacker Danny Travathan.

Apesar de ter um ataque melhor e uma defesa "menos pior", os Broncos encaram dificuldades enormes quando enfrentam o New England Patriots. O que explica essa chaga na vida dos jogadores de Denver é justamente o game play imprevisível da equipe de Massachusetts. O ataque dos Pats é apenas o sétimo colocado no ranking, porém, em comparação com o time de Denver, o jogo terrestre prevalece na 9ª posição contra a 15ª dos Broncos. Contra os Colts, na semana passada, LeGarrette Blount correu para 166 jardas e anotou QUATRO touchdowns, um recorde na história da franquia em jogos de playoffs. Blount, que subiu da 3ª para a 1ª opção em jogadas terrestres, anotou um TD de 73 jardas contra a equipe de Indianapolis. Desde a temporada passada os números dos ataques terrestres de New England subiram gradualmente, um patamar muito diferente de campanhas anteriores quando Bill Belichick era contestado pela ineficiência desse setor. Stevan Ridley e Shane Vereen são outras duas grandes armas dos Patriots para as jogadas terrestres, sendo que na última partida pelo Divisional Round a equipe também contara com um TD de corrida do primeiro jogador citado. Sem Gronkowski, principal referência da equipe no ataque, Brady tem apostado na ampla gama de recebedores, que apesar de não gozarem de muito respeito na liga, vêm resolvendo a parada para o time. Julian Edelman, o Minitron, foi o principal alvo de Tom Brady na última partida com seis recepções e 87 jardas conquistadas. Além dele, outro personagem que vêm conquistando espaço na hora certa é Danny Amendola, que obteve 3 recepções e 77 jardas conquistadas. Shane Vereen, que é RB, mas que também ataca de WR, abre ainda mais um leque de opções que conta com a participação de Austin Collie, WR que fez sucesso nos Colts, e com o tight end havaiano Michael Hoomanawanui, responsável por substituir o ídolo Rob Gronkowski. Entretanto, ainda existe a possibilidade dos WRs Aaron Dobson e Kenbrell Thompkins atuarem nesse jogo, o que reservaria mais jogadas de profundidade a Tom Brady. A versatilidade no esquema ofensivo de Bill Belichick é a principal arma dos Patriots para perfurar a defesa de Denver, fora de casa. Por ser considerado o quarterback mais eficiente da história da NFL dentro do pocket, e um dos jogadores mais inteligentes da liga, Tom Brady dispõe de uma proteção decente, que lhe permite tempo suficiente para escolher um recebedor em rotas alternadas. Caso haja muita pressão, Brady também é capaz de resolver a jogada num piscar de olhos. O lançador de New England possui o menor tempo de resolução de jogadas, sendo capaz de completar uma descida em menos de CINCO SEGUNDOS. Para que isso seja possível acontecer, uma equipe precisa estar bem treinada e muito atenta as coordenadas do quarterback. 

Sempre contestada, a defesa de New England ganhou destaque na passagem final da temporada regular e também no jogo contra o Indianapolis Colts, quando interceptou o QB Andrew Luck em QUATRO oportunidades. Famosa por forçar turnovers, a defesa contou com atuações inspiradíssimas de Alfonzo Dennard, responsável por duas interceptações chave contra Luck, Jamie Collins, que fora draftado numa das últimas rondas do draft, mas que contribuiu com 3 tackles (mais 3 assistências), 1.0 sack e uma interceptação, e Dont'a Hightower, que conseguiu 3 tackles (mais 5 assistências) e uma interceptação no último jogo de playoff. Logan Ryan, Aqib Talib, Chris Jones, Steve Gregory e Joe Vellano também se destacaram na sólida performance do time. Por ocupar a 26ª posição no ranking, nota-se que algum problema reside nessa defesa dos Patriots. O principal erro da equipe é o baixo número de tackles, devido aos desfalques de Jerod Mayo e Brendon Spykes (sem contar o desfalque de Vince Wilfork na proteção), e uma secundária muito limitada, que possui problemas para ler as jogadas do quarterback adversário. Por saber da fragilidade da proteção de Denver ao QB, Belichick deve repetir a dose contra os Broncos, quando usou e abusou do blitz para forçar os turnovers na partida contra o Indianapolis Colts. Por jogar fora de casa, fica a dúvida com relação a possível performance dessa defesa que foi muito eficiente e agressiva quando recebeu os Colts no Gillette Stadium. Chandler Jones, principal destaque da defesa patriota, não se destacou contra o Indianapolis, mas, baseado nos números, uma atuação de gala desse jogador pode ser o fiel da balança para equipe sair com um resultado surpreendente fora de casa.

Voltando ao antagonismo que ilustra essa partida, o duelo Manning versus Brady possui números muito peculiares que derrubam aquela tese de Manning é um detentor de recordes e que Brady é apenas um vencedor de campeonatos. Os dois se enfrentaram 14 vezes na história, sendo que Brady venceu 10 vezes e Manning apenas quatro. Entretanto, quando o assunto é MVP, Manning leva vantagem ao vencer este prêmio por quatro vezes contra duas de Brady. E vitórias em Super Bowls? Brady ganha de novo, por 3x2. O QB de New England também detém o recorde de 18 vitórias em playoffs, o maior número da história da NFL. Caso vença domingo, Brady pode chegar à sua SEXTA final de Super Bowl, o que seria outro recorde da liga. Manning também pode fazer história na liga caso passe pelos Patriots. Nunca na história da NFL um time com o melhor ataque venceu o Super Bowl. No entanto, Manning conta com uma coincidência a seu favor para esse duelo: na última vez em que o New England Patriots não decidiu em sua casa uma final de conferência fora justamente contra o próprio Peyton Manning, que defendia o Indianapolis Colts, em 2007, ano no qual ele conquistou seu único Super Bowl. Outros números interessantes entre os dois QBs: Brady marcou mais pontos (30.0 contra 24.6), tem melhor porcentagem de acerto (67.1 contra 61.8), mais jardas por tentativa (7.4 contra 7.1), menos interceptações (12 contra 20) e menos sacks (22 contra 28). Manning leva vantagem na quantidade de touchdowns (29 contra 26) e jardas conquistadas (283.6 contra 243.1).

Números à parte, domingo também colocará Wes Welker novamente contra os Patriots, equipe que o elevou ao nível de grande WR. Se o Patriots sagrar-se vencedor, e caso o exame que Peyton Manning vai fazer em março aponte para alguma irregularidade no pescoço, essa pode ser a última partida do lendário lançador. Todavia, o jogo é muito difícil para o time de Massachusetts, que além de ser odiado em todo lugar que vai, provavelmente enfrentará um clima hostil em Denver - apesar de não ser uma torcida atuante. Entre recordes e coincidências, os Broncos entrarão como favoritos contra um time que toda vez que entrou como azarão se deu bem. O retrospecto de 3 derrotas nas últimas 3 três partidas contra o New England Patriots deixa o torcedor do Colorado reticente com a vantagem que lhes foi atribuída.

Brady à esquerda e Manning à direita.




NFC CHAMPIONSHIP FINAL GAME


San Francisco 49rs (12-4-0)
Seattle Seahawks (13-3-0)











Em situação semelhante ao duelo da AFC, encontra-se também a final da NFC entre Niners e Seahawks, no CenturyLink Field, em Seattle. Os visitantes e mandantes duas conferências possuem os mesmos números de campanha, além de se equivalerem nos pontos fortes e fracos. Se na AFC os dois times têm ataques poderosos, o contrário pode-se dizer dos dois finalistas da NFC, que possuem duas defesas excelentes. Porém, em contraste com os ótimos números de suas defesas, está o ataque de Niners e Seahawks, que pouco brilhou nessa temporada. Pelo lado dos Niners, que se reforçara muito bem para esse setor, fica a dúvida de quando Anquan Boldin vai decidir valer o seu contrato milionário com os californianos. Já pelo lado do Seattle, cabe a indagação de como os Seahawks vão se portar caso os Niners consigam parar a maior arma da equipe, o RB Marshawn "The Beast" Lynch. Envolto a isso tudo estão dois QBs novatos, que conquistaram a titularidade na temporada passada e estão em constante progresso desde então. Colin Kaepernick, que apesar de ter sido criticado pela maior lenda de San Francisco, o QB Joe Montana, apresenta maior confiança do que Russell Wilson, QB de Seattle.

Entretanto, Wilson conta com uma ótima proteção dentro do pocket para realizar seus lançamentos. O jovem quarterback, apesar de baixinho, gosta muito da chamada "big play" (lançamentos em longa profundidade), e também é muito atento quanto ao posicionamento da secundária adversária, qualidade que o faz evitar ser interceptado. Porém, Wilson sofre com a pouca produtividade de seus alvos, que, na realidade, são jogadores limitados e com pouca "ginga" para livrarem-se da marcação. A grande contratação do Seattle para a temporada foi Percy Harvin, WR que jogou por muito tempo pelo Minnesota Vikings, e que sofrera uma concussão que o deixara por 15 rodadas fora de campo. Harvin voltou à campo contra o New Orleans Saints na semana passada e desenvolvera uma ótima rotação, descarregando um pouco as costas de Marshawn Lynch. Porém, após cair com a cabeça no chão depois de tentar uma recepção na end zone, Harvin sofrera novamente uma concussão e está fora da partida deste domingo contra o San Francisco 49rs. Sem Harvin, os Seahawks terão que contar com uma exibição muito melhor de seus recebedores (Douglas Baldwin, Golden Tate, Jermaine Kearse e Zach Miller) que saíram em branco do último duelo pelos playoffs. Contudo, Wilson deverá abusar mais uma vez do "Beast Mode", o seu fiel companheiro Marshawn Lynch, que movido à uma quantidade absurda de Skittles (aquela balinha), será responsável por anotar os touchdowns da franquia.

Os "irmãos" da defesa de Seattle, abastecidos pela torcida mais barulhenta do mundo, são responsáveis pela maravilha que é a melhor defesa da NFL. Na partida contra os Saints, a defesa dos Seahawks bateu sem dó nem piedade na linha ofensiva do New Orleans Saints, anulando completamente qualquer tipo de jogada que eles tentavam. A defesa tackleia tanto o adversário que os turnovers são praticamente garantidos em um jogo dos Seahawks. Contra os Saints, o defensive end Michael Bennett forçou dois fumbles do adversário, e contou com a ajuda do outro defensive end, Cliff Avril, para completar um sack no quarterback Drew Brees. O que pode se dizer sobre a defesa de Seattle é que o time vai de acordo com o barulho protagonizado pelos torcedores, que por si só já é ensurdecedor, e que atrapalha qualquer chamada do QB adversário. Aliado ao "fator arquibancada", está a força atlética desses verdadeiros monstros da linha defensiva, que alternam entre blitz e marcação por zona constantemente, deixando uma pressão psicológica muito grande contra o QB adversário, que não sabe se vai ser sacado, interceptado ou que não vai ter para quem lançar a bola. Entretanto, se existe um pequeno defeito nessa defesa, esse "defeito" é justamente o excesso de vontade dos jogadores de linha que cometem muitas faltas desnecessárias.

Pelo lado do San Francisco encontra-se um time muito vibrante (às vezes até demais), que desde o vice-campeonato da temporada passada convive com a expectativa de vôos maiores, dignos da era de Joe Montana. Por falar nele, Montana resolveu abrir o bico na hora errada quando fora indagado por um repórter sobre o desempenho de Colin Kaepernick. Como dito lá em cima, Montana deu uma pequena cornetada no menino dizendo que ele precisa melhorar muito o estilo de jogo, especialmente no pocket, onde ele pouco fica. Segundo Montana, Kaepernick é muito bom, porém, ele deixa a desejar justamente por optar por correr muitas vezes com a bola ao invés de segurar um pouco a barra dentro do pocket. Não dá para discordar do lendário ex-quarterback de San Francisco, até porque o que ele disse é verdade. No entanto, Montana poderia ter dito isso antes do playoffs, quando a pressão por uma "big play" era menor do que agora. Falando em críticas, toda a linha ofensiva californiana merece um verdadeiro esporro para ver se eles resolvem acordar e dar mais opções ao jovem (e criticado) quarterback do time. As duras críticas de Montana poderiam ter escorregado nos WRs que pouco aparecem para o jogo, e quando aparecem correm muito pouco. Excluindo-o dessa bravata, o tight end Vernon Davis deve ser louvado por, ao menos, tentar fluir melhor os drives de San Francisco, sendo o "artilheiro" dos Niners com 2 touchdowns nos playoffs. Além dele, somente Frank Gore, ótimo RB, responsável por 1 TD e Colin Kaepernick, que também possui apenas um TD solitário ajudaram os 49rs a mexer no placar durante os playoffs.

Sem querer ser redundante, mas sendo, a quinta melhor defesa da NFL conta com um "quinteto mágico" para deter qualquer tipo de avanço adversário sobre a sua end zone. Ahmad Brooks (outside linebacker), NaVorro Bowman (inside linebacker), Patrick Willis (inside linebacker), Eric Reid (free safety) e Aldon Smith (outside linebacker) são fantásticos em qualquer tipo de formação que o coordenador defensivo opte por aplicar contra o adversário. Ahmad Brooks, inclusive, é o destaque dos Niners nos playoffs com 4.5 sacks, 12 tackles e um fumble forçado. Bowman e Willis são os principais tackleadores de San Francisco, e são grandes responsáveis por segurar as pontas quando o adversário, por algum milagre, chega numa com uma oportunidade de anotar um touchdown na end zone. Por ser mais pesada e, consequentemente, menos atlética que a defesa de Seattle, os Niners costumam segurar muito mais o jogo do que deveriam. A confiabilidade gerada pela defesa é explorada em demasia pelo time que têm dificuldades em atacar com qualidade.

O último jogo de domingo colocará frente a frente dois times idênticos em suas qualidades e também nos seus defeitos. O 49rs segue sua sina de enfrentar times que possuem uma defesa tão boa quanto a sua nos playoffs. Na última rodada, o time de San Francisco derrotou o Carolina Panthers, dono da segunda melhor defesa da NFL, e agora se prepara para enfrentar o time de melhor defesa no ranking da liga, também fora de casa. Os Hawks, sensação da NFL dessa temporada por contar com uma defesa intransponível, teve um destino parecido com o ataque do Denver Broncos, que já era muito bom na temporada passada, mas que se tornou referência em 2013. Com Richard Shermann, Bob Wagner, Michael Bennett, Cliff Avril, Earl Thomas, Malcolm Smith, Kam Chancellor, K.J. Wright, Bruce Irvin e outros tantos, o Seattle é favorito para o duelo. Entretanto, existe uma peculiaridade sobre o time de Seattle que pouco fora comentado ao longo da temporada. Quando um time possui um ataque mediano, mas conta com uma defesa invencível, o que geralmente acontece? O time chuta field goals, certo? Exato. Steven Hauschka, kicker de Seattle, tem média de 95% de acerto em seus chutes, o melhor da NFL. É como se os Hawks entrassem com três pontos garantidos no placar, dependendo apenas de uma "segurança" dos jogadores de defesa. O duelo vai ser muito interessante, especialmente para Colin Kaepernick, que dependendo do que fizer contra o Seattle, pode calar a boca do maior ídolo da história da franquia.

Os dois primeiros colocados da NFC West, a mais disputada no lado da conferência nacional, se enfrentaram duas vezes nesta temporada. A primeira partida, na casa dos Hawks, foi uma verdadeira lavada dos mandantes com uma vitória por 29x3. O segundo encontro aconteceu no Candlestick Park, em San Francisco, quando o 49rs devolveu a derrota sofrida em setembro ao vencer o Seattle por 19x17. A final da NFC não poderia ser de outra maneira senão reunir os dois melhores times num único jogo, num palco extremamente barulhento e com o intuito de desempatar essa peleja e assim credenciá-lo ao Super Bowl. Ao contrário da outra final, a partida entre Hawks e Niners deve ter um placar baixo, com poucas jogadas arriscadas e vários chutes. O grande detalhe desta partida é o quanto Kaepernick terá de arriscar contra uma defesa forte, e o quanto Marshawn Lynch terá de correr contra uma barreira que gosta de bater como é a de San Francisco. Quem errar menos leva o troféu.

Wilson à esquerda e Kaepernick à direita.

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